Foi
aprovada, na última quarta-feira, 17, pelo Senado
Federal, a concessão de pensão vitalícia para a ex-ginastaLais Souza, que ficou tetraplégica depois de
sofrer um grave acidente de esqui no começo do ano, durante um treinamento em Salt Lake City, nosEstados Unidos.
Depois de já ter sido aprovado pela
câmera dos Deputados em julho, o projeto agora seguirá para sanção
presidencial.
O valor do benefício mensal equivale a
R$ 4.390,24, valor máximo para esse tipo de auxílio. A despesa será lançada no
programa orçamentária "Indenizações e Pensões Especiais", de
responsabilidade da União. A pensão não será repassada aos herdeiros da
beneficiária.
Na
justificativa do projeto, a autora, deputada Mara Gabrilli, disse que Lais
Souza "construiu uma carreira baseada na garra, na perseverança e no
sucesso”.
Aos 12 anos, a ex-ginasta já integrava a Seleção Brasileira de Ginástica Olímpica. Com 15
anos, ela representou o Brasil nas Olímpiadas de Atenas, em 2004.
Em 2005, Lais alcançou um de seus
maiores resultados ao conquistar a medalha de ouro na Copa do Mundo de Cottbus
e Sttutgart, na Alemanha.
Essa trajetória fez a Confederação Brasileira de Desportos da Neve(CBDN)
convidar Lais para conhecer o esqui aéreo, em maio de 2013.
Após obter classificação para essa
modalidade nos Jogos Olímpicos de Inverno de fevereiro de 2014, em Sóchi, na
Rússia, ela passou a treinar rigorosamente em Salt Lake City, nos Estados
Unidos.
Acidente
Em janeiro de 2014, Lais Souza sofreu um
acidente que fraturou a terceira vértebra, com lesão medular definitiva. Além
disso, houve as funções motora, sensitiva e autonômica, comprometidas.
Com isso, a atleta perdeu os movimentos,
sensibilidade e controle de todos os órgãos abaixo do pescoço.
Após o ocorrido, o Comitê Olímpico
Brasileiro (COB) iniciou uma campanha para obter contribuições para o
tratamento da atleta.
Mesmo sem participar de nenhuma
delegação do COB, o comitê assumiu a responsabilidade para custear o tratamento
da atleta.
Redação O POVO Online