Uma pizzaria em Santo André, interior de São
Paulo, fez o maior sucesso ao inovar nas entregas de produtos. Isso porque a
entrega das pizzas da Vero Verde em domicílio começou a seré feita
através de drones - um objeto voador.
O estabelecimento decidiu usar o aparelho
para fazer um teste, mas acabou se dando mal. Como usou um veículo aéreo não
tripulado (vant) sem autorização prévia da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) e da Força Aérea Brasileira (FAB), o restaurante deve ser punido. O caso
será investigado pelas autoridades.
A Anac alega que, para substituir a frota de
motoboys humanos por drones, é necessário que haja uma regulação do órgçao
sobre o tema, o que ainda não aconteceu. "Nenhuma aeronave remotamente
pilotada, seja ela de aplicação civil ou militar, poderá decolar sem a
autorização do DECEA [órgão que legisla sobre o uso do espaço aéreo]",
informou a Aeronáutica. "Para aeronaves não certificadas, é aplicado o
Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE), cuja análise, aprovação e
emissão cabe à Anac", completou.
O teste de delivery ocorreu em outubro, com
um quadricóptero (quatro hélices) que consegue percorrer um raio de 1,5
quilômetros na velocidade de 40 km/h. A ideia surgiu após o
estabelecimento se inspirar em experiências internacionais bem-sucedidas, como
a pizzaria Domino's que já usa o sistema em outros países. Como tudo começou
com um teste de voo baixo, um dos donos da pizzaria admitiu não ter pedido
autorização prévia. A Aeronáutica vai denunciar o caso ao Ministério Público
Federal
O percurso durou a metade do tempo que
levaria normalmente . Segundo Ernesto Júnior, sócio-proprietário da Vero Verde.
"É um pouco complicado. O vento é uma coisa que atrapalha bastante e o
peso da pizza acaba influenciando bastante. Tem que ser uma mais leve, como
peperonni", explicou em entrevista ao G1 São Paulo.
Além disso, o proprietário informou que não é
possível transportar refrigerantes e máquinas de cartão de crédito, por
exemplo, o que faz com que alguns motoboys sejam mantidos na empresa.
Fonte: Correio do Estado.