O senador Aécio Neves
(PSDB-MG), derrotado nas eleições presidenciais deste ano, parece ter perdido
de vez o juízo.
Nesta sexta-feira, ele postou um vídeo nas redes sociais
convocando a população para protestos em São Paulo e em outras capitais.
"Nós já dizíamos que o escândalo da Petrobras é o maior caso de
corrupção do Brasil, mas a coisa não para de crescer. E agora estamos sabendo
que não era apenas na Petrobras", afirma Aécio.
O político tucano poderia ter
mencionado, por exemplo, a Cemig, joia da coroa de Minas Gerais, que também
alimentou o esquema do doleiro Alberto Yousseff.
Quando prendeu diversos empreiteiros, o juiz Sergio Moro, do
Paraná, mencionou o inquérito
5045104-39.2014.404.7000.
Eis o que escreveu Sergio Moro a respeito:
A Investminas Participações S/A confirmou, em petição de
21/10/2014 (evento 18) pagamento de 4.600.000,00 (R$ 4.317.100,00 líquidos) à
MO Consultoria. Alegou que remunerou conta indicada por Alberto Youssef em
decorrência de intermediação e serviços especializados deste na venda de suas
ações na Guanhães Energia S/A para a Light Energia S/A, com intervenção a CEMIG
Geração e Transmissão S/A. Juntou como prova os contratos e notas fiscais
pertinentes, todos com suspeita de terem sido produzidos fraudulentamente.
Alegou que Alberto Youssef seria 'empresário que, à época, detinha conhecimento
do setor elétrico e reconhecida expertise na área de assessoria comercial'.
Aparentemente, trata-se de negócio que, embora suspeito, não estaria
relacionado aos desvios na Petrobras.
Os movimentos de Aécio já
causam profundo constrangimento no próprio PSDB, onde governadores, como
Marconi Perillo e Geraldo Alckmin, firmam parcerias com o governo federal,
interessados em governar e melhorar as condições de vida da população. Nesta
semana, por exemplo, Alckmin assinou convênios de R$ 3,2 bilhões com a União
para combater a crise hídrica em São Paulo.
Aécio, por sua vez, apareceu na
lista de políticos presenteados pela OAS (leia mais aqui). Com sua convocação de protestos, num
momento em que o Brasil atravessa dificuldades políticas, econômicas e
institucionais, ele age não como líder de uma oposição digna de respeito, mas
como um arruaceiro, que não sabe perder.
Fonte:
Brasil
247.