Jucelino Nóbrega fez
previsão de queda de aeronave na Av. Paulista.
Em sonho de 2005, ele viu queda de avião que seguia para Brasília.
Em sonho de 2005, ele viu queda de avião que seguia para Brasília.
Desde as 7h
desta quarta-feira (26), o vidente Jucelino Nóbrega da Luz circula pelas
imediações da Avenida Paulista, na região central de São Paulo, próximo ao
local onde acreditava que poderia cair um avião da companhia TAM.
A aeronave, que
saiu do Aeroporto de Congonhas com destino a Brasília, bateria em um prédio
comercial na Alameda Campinas. Nóbrega explicou que essa previsão apareceu para
ele durante um sonho premonitório em julho de 2005
O autointitulado
premonitor afirmou que registrou no 8º Cartório de Títulos e Documentos de São
Paulo, em 24 de outubro de 2014, um documento em que alertava sobre a
possibilidade de o voo TAM JJ 3720 Congonhas-Brasília apresentar problemas em
uma das turbinas e chocar-se contra um prédio da Avenida Paulista às 9h do dia
26 de novembro de 2014. No dia 20, a companhia alterou o número do voo.
Nobrega alega
que está no local para “ajudar” as pessoas, uma vez que o acidente já não
ocorreu. “Meu sentimento é de mais tranquilidade. São coisas que envolvem tanto
a empresa quanto as pessoas. Meu interesse não é prejudicar a empresa, muito
menos as pessoas. Meu propósito é salvar vidas.”
O vidente diz
que não alterou sua versão dos fatos, mas já sabia que o avião chegaria a
Brasilia sem maiores problemas. “Não mudei minha previsão, aliás, não foi um
previsão, foi um sonho. Não tem como mudar.” Segundo ele, a TAM fez alterações
que evitaram a tragédia.
“A empresa tirou
o voo, mudaram a aeronave. Eu sou categórico em afirmar: me ligaram, mudaram o
número e a aeronave. É lógico que o avião não vai cair. “Eu acredito que Deus
salvou vidas. Graças a Deus [o sonho] foi um instrumento para que evitasse uma
calamidade.”
O
vice-presidente de Operações e Manutenção da TAM, Ruy Amparo, embarcou na manhã
desta quarta-feira (26) no voo citado na premonição. "Tudo relativo ao voo
está na minha responsabilidade. Por isso que estou indo junto. Acho que é uma
demonstração de confiança", disse ainda no Aeroporto de Congonhas, na Zona
Sul de São Paulo.
Por conta da
divulgação do caso, a companhia deixou de usar, na escala válida para 26 de
novembro, o número JJ 3720 para o voo. Na data e horário, o mesmo voo tem o
número JJ 4732. "Mudamos o número para não atrair muito sensacionalismo,
não criar uma marca. Você vê que a gente não está escondendo. Mas a gente mudou
para não ficar atraindo muita atenção porque infelizmente, nessa hora, a gente
respeita quem tem superstição", disse Amparo.
Nobrega acredita
que o Amparo só embarcou na aeronave após a “conscientização da empresa”. “Se o
diretor foi na aeronave é porque ele tem a certeza absoluta que não é a mesma
aeronave. Qualquer pessoa de bom senso entenderia isso.”
Antes de
embarcar, o diretor não esclareceu se a aeronave prevista inicialmente para o
voo foi trocada. "Ele já era um [Airbus] 319. Nós temos 27 desses na frota
e com dois dias de antecedência você não sabe nem qual prefixo é porque a malha
é muito dinâmica. Ontem [terça] nós tivemos chuvarada no Brasil inteiro, então
o avião que foi alocado dois dias atrás foi mudando. O piloto é o mesmo porque
a escala é mantida. Às vezes muda por causa da chuva, mas não é o caso."
O vidente
garante que a aeronave foi substituída e contesta a declaração do diretor da
companhia. “É a opinião dele, contradiz o meu entendimento. Eu respeito a dele.
Eu tinha até o nome do piloto, o número da aeronave e o prefixo.” Nobrega
afirma que não teme críticas ao seu oficio. Acredita ter sido um instrumento da
vontade “divina”. “Se eu fiz errado ou certo, quem julga é Deus. Quero que as
pessoas se tranquilizem.”
Fonte: G1