Ainda repercute bastante em Sobral a convocação do secretário de Educação de Sobral, Julio Cesar Alexandre, pela Câmara Municipal de Sobral para tratar sobre reportagem exibida pela TV Verdes Mares, e replicada pela TV Globo, sobre a utilização de água ‘in natura’ por parte das merendeiras da Escola Joaquim Barreto Lima, na comunidade de São Vicente. Água esta que desce pelo canal de irrigação que parte do Açude Ayres de Sousa em direção a várias comunidades rurais do distrito de Jaibaras.
Na abertura da sessão, o secretário Júlio César fez questão de provocar os edis sobralenses pelo fato de nunca terem convidado membros da educação sobralense para explanar sobre os inúmeros sucessos obtidos pelas escolas da rede municipal, e que mereceram destaque da grande mídia nacional e ganharam diversos prêmios para o município.
Os ânimos se acaloraram quando alguns edis tentaram fazer cena para a plateia, formada em sua maioria por educadores e estudantes da UVA, que aguardavam o inicio de uma sessão especial. Júlio César confrontou todas as informações levantadas pelos vereadores, principalmente Gilmar Bastos e Gegê Romão, e se irritou quando o vereador Adauto Arruda insinuou que a merendeira que falou à reportagem poderia ser demitida. Com a propriedade de ser um dos melhores secretários de Educação do Brasil, Júlio César chamou pra si a responsabilidade, e disse desconhecer qualquer laudo de que a água fosse imprópria para o consumo humano.
Dentre as manifestações positivas que vieram dos edis, chamou a atenção de muitos a declaração do Dr. Estevão Ponte, que disse uma verdade mal interpretada por alguns. “Beber água do canal é cultural para aquelas crianças”, frisou ao dizer que os alunos da Escola bebem aquela água todos os dias em suas casas, que são abastecidas com a água do mesmo canal de onde a escola estava retirando para fazer a merenda.
Para o vereador, que é médico, o que a Câmara deveria estar discutindo naquela noite era a qualidade da água que é oferecida a comunidade de São Vicente e as demais localidades que se servem do referido canal. “A Escola, assim como as crianças e a comunidade, é uma vitima da situação. Precisamos encontrar a solução para o problema da água e do canal” frisou Dr. Estevão.
Fonte: Sobral em Revista
