Após anunciar o investimento de R$ 250 milhões para a requalificação do Centro, a Prefeitura de Fortaleza informou que parte desses recursos será utilizada para a restauração do Mercado Central. Esta é a primeira vez que o equipamento, inaugurado há 16 anos, passará por reforma em toda a sua estrutura. A previsão é que a obra seja iniciada no primeiro semestre do próximo ano. Em 2011 e 2012, apenas o teto do prédio foi reformado, com o objetivo de resolver o problema das goteiras que prejudicavam o comércio.
Segundo o presidente da Associação dos Lojistas do Mercado Central (Almec), João Eudes de Oliveira, o projeto de restauração será concluído apenas depois das reuniões agendadas para ouvir as propostas e reivindicações dos permissionários. "O Mercado foi dividido em setores por andar, para que todos os permissionários possam ser ouvidos", declarou.
De acordo com o secretário de Turismo de Fortaleza, Salmito Filho, é muito importante ouvir cada um para que, assim, possa ser feita uma análise segura do que o local necessita. "Nós conhecemos o Mercado Central. A Setfor tem um verdadeiro raio-X do espaço. Porém, quem conhece, de fato, e sabe do que precisa são as pessoas que trabalham há décadas ali", diz.
Para que todos possam opinar sobre as mudanças, serão instaladas, a partir de amanhã, em cada pavimento do prédio, duas urnas onde poderão ser depositadas opiniões, sugestões e críticas. Os formulários devem conter nome, telefone e o número do box do permissionário.
A assessoria da Setfor afirma que a previsão é que o projeto estrutural seja iniciado ainda em dezembro deste ano, após todas as análises e observações, para que a reforma possa começarem junho de 2015.
Melhorias
A vendedora Lenice Madeira, 48, que trabalha no Mercado Central há 25 anos, opina que a reforma deve implantar escadas rolantes para que os consumidores da terceira idade possam usufruir do espaço com mais facilidade. "É necessário, também, que o comércio ambulante que acontece aos fins de semana em frente ao mercado seja transferido".
Já o comerciante José Nilton, 53, não concorda com a instalação de escadas rolantes. "Aqui não é shopping. Isso irá encarecer o aluguel do box e, consequentemente, o preço das mercadorias", critica.
Os permissionários Wilson Feijão, 69, e Francisco Ávila, 54, concordam que o Mercado Central precisa de melhorias nos banheiros, na parte hidráulica e uma pintura em toda a estrutura do comércio. Confiantes, eles acreditam que a reforma trará grandes benefícios tanto para quem trabalha quanto para quem frequenta o equipamento.
Fonte: DN
