Coligação de Camilo Santana (PT) denunciou suposta produção
de material contra o candidato e sugeriu envolvimento de Eunício. Arquivos
teriam sido achados em computador, mas nada impresso
A Justiça Eleitoral fez no fim da tarde de ontem busca e apreensão numa
gráfica localizada no bairro Cidade dos Funcionários onde supostamente estariam
sendo impressos materiais apócrifos contra o candidato ao governo Camilo
Santana (PT).
A operação, realizada na gráfica Phoenix, atendeu a denúncia feita pela
coligação de Camilo. A coligação enviou nota à imprensa com fotos do que seriam
os materiais impressos na gráfica e lá encontrados durante a operação. No
entanto, advogados que acompanharam a ação e falaram ao O POVO depois afirmaram
que nenhum material efetivamente impresso foi achado lá.
Os advogados do candidato que estiveram no local disseram que, ao
examinar um computador, encontraram arquivos com dizeres contrários a Camilo
guardados numa pasta intitulada “Imprimir Secreto”. Este computador foi
apreendido e levado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na Praia de Iracema.
“Tentativa de calúnia”
Na nota à impressa, a coligação de Camilo disse que o dono da gráfica,
Fritz Sousa, contou aos advogados do candidato que o estabelecimento produz
material encomendado pela empresa Corpvs Segurança, de propriedade de Gaudêncio
Lucena (PMDB), sócio do candidato ao governo Eunício Oliveira (PMDB) e
coordenador de sua campanha.
Falando ao O POVO, Fritz confirmou que a gráfica tem entre seus clientes
a Corpvs, mas rebateu qualquer insinuação levantada pela coligação de Camilo.
“Houve uma tentativa de calúnia contra a empresa. Tentaram ligar uma coisa à
outra. O advogado (de Camilo) trouxe uma foto dizendo que estava sendo feito
lá”, disse Fritz.
Sobre a origem dos arquivos reunidos no computador, ele afirmou não
saber qual poderia ter sido. “Na empresa anda muita gente”.
A assessoria de imprensa de Eunício classificou como “fabricação de
notícia” a operação na gráfica. “É tudo mentira. Não acharam nada lá. A
coligação não trabalha com material apócrifo”, afirmou a assessoria.
Fonte:
O Povo