Dos R$ 7 milhões arrecadados
desde 2010 pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), uma das ONGs de
Marina Silva, 97,1% vieram de dois empresários que têm participação ativa em
sua campanha: Neca Setubal, a herdeira do Itaú que coordena o seu programa de
governo, e Guilherme Leal, um dos sócios da fabricante de cosméticos Natura.
Cada um contribuiu com cerca de R$ 3,4 milhões, segundo a
ex-secretária-executiva da entidade, Alexandra Reschke.
A revelação foi feita por ela ao jornalista Thiago Herdy, do
jornal O Globo, e publicada nesta terça-feira pelo jornal. Procurado pelo
jornal, Leal confirmou ter feito a doação de R$ 3,4 milhões. Neca, que concedeu
entrevistas falando em nome da candidata do PSB e defendendo temas como a
independência do Banco Central, confirmou a doação, mas não o valor.
A doação de Neca não se restringe ao IDS. Ela também bancou 83%
dos custos de outra ONG da candidata do PSB, o Instituto Marina Silva, com uma
doação de R$ 1 milhão em 2013 (leia mais aqui).
Na entrevista ao Globo, Guilherme Leal afirmou que "ideais
debatidas e consensuadas no IDS são convergentes com o ideário de Marina".
Neca Setubal, por sua vez, já foi presidente da entidade, que a tem como uma
das principais mantenedoras.
Durante o governo da presidente Dilma, tanto o Itaú quanto a
Natura foram autuados pela Receita Federal por suposta sonegação de impostos. O
banco, em R$ 18,7 bilhões, pelos efeitos da incorporação do Unibanco. A
fabricante de cosméticos, em R$ 628 milhões.
Fonte:
Brasil
247.