O governador Cid Gomes (Pros)
enviou ofício ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao
procurador geral da República, Rodrigo Janot, e à Diretoria Geral da Polícia
Federal pedindo que as instituições neguem o envolvimento dele em esquema de
corrupção na Petrobras. Segundo a revista IstoÉ desta semana, Cid foi citado
pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, entre os
supostos beneficiários de propinas.
“A revista colocou uma flagrante
mentira, dizendo que meu nome estaria envolvido num processo que corre sob
segredo judicial”, disse o governador ontem durante inauguração de escola de
educação profissional em Iguatu. Cid afirmou que está sendo vítima de uma falsa
notícia assim como em 2010, quando foi citado em denúncia feita pela revista
Veja.
“Essa mesma coisa já aconteceu há
quatro anos atrás, e eu consegui na época uma declaração da Polícia Federal de
que eu não tinha nenhum envolvimento. Agora, como o processo corre em segredo
de justiça, eu não consigo pegar essa declaração”, disse Cid.
Em setembro de 2010, durante a
campanha de Cid pela reeleição, a revista Veja acusou o governador e seu irmão
Ciro Gomes de participar de suposto esquema que, entre 2003 e 2009, teria
desviado R$ 300 milhões de prefeituras cearenses. Cid e Ciro rechaçaram a
denúncia e o governador pediu à Polícia Federal que se manifestasse. A PF
informou, então, que os irmãos Gomes não estavam envolvidos no caso.
“Clara armação”
Na entrevista em Iguatu, Cid
declarou que está sendo vítima de uma “clara armação” e justificou a ação
judicial que moveu contra a IstoÉ, que resultou na proibição de sua circulação
em todo o país. A proibição foi derrubada na última quarta pelo ministro do
STF, Luís Roberto Barroso.
“Eu pessoalmente acho que é um
absurdo você caluniar, sem direito de defesa, qualquer pessoa. Eu fui atrás dos
meus direitos. Eu tenho uma honra e essa honra não pode ser atacada de forma
leviana, de forma absolutamente caluniosa e mentirosa, para mim numa clara
armação, que repete o mesmo processo que aconteceu em 2010”, afirmou Cid.
“O que é que deu a historia da
Veja? Se eu tivesse alguma coisa, eu já devia estar preso. Mas é claro que eu
não tinha nenhuma relação, do mesmo jeito agora de novo, que tentaram envolver
meu nome num escândalo que é nacional”, completou o governador.
Fonte: Sobral em Revista.