Chris
Gunness, da Agência de Assistência aos Refugiados da Palestina, não conseguiu
segurar as lágrimas ao falar sobre o conflito para a Al Jazeera.
Um porta-voz da ONU não conseguiu
segurar as lágrimas ao falar sobre o conflito em Gaza em uma entrevista à rede
de TV Al Jazeera. Chris Gunness falava sobre o impacto da guerra na vida de
civis palestinos depois de analisar provas e relatos sobre o bombardeio de uma escola que
abrigava cerca de 3.300 pessoas. O ataque deixou pelo menos vinte mortos. “Os direitos dos palestinos – até mesmo das crianças – têm
sido amplamente negados. Isso é aterrador”, disse, antes de começar a
chorar.
Ao mesmo tempo em que condenou o ataque,
dizendo que Israel havia sido informado várias vezes sobre a presença de
refugiados no local – “a última vez foi horas antes do ataque –, ele também já
deu informações sobre foguetes que foram descobertos dentro de três escolas
desde o início da operação. Ele condenou os responsáveis por colocar civis em
perigo armazenando os foguetes na escola, sem culpar ninguém em particular. "Condenamos
o grupo ou os grupos que colocaram civis em perigo, escondendo essas munições
em nossa escola. Esta é mais uma flagrante violação da neutralidade de nossas
instalações. Apelamos a todas as partes em conflito que respeitem a
inviolabilidade da propriedade da ONU", disse, em um comunicado
O ataque à escola na quarta-feira
aumentou a preocupação de que nem mesmo lugares que deveriam servir como abrigo
são seguros. Esta foi a sexta vez que uma instalação mantida pela Agência das
Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina foi atingida no atual
conflito. As Nações Unidas afirmam que o bombardeio no campo de Jabaliya, no
norte de Gaza, foi responsabilidade de Israel. O Exército israelense afirma que
está investigando o que aconteceu, admitindo ter enfrentado militantes na
região. “Nada – nada – justifica tal horror”, pontuou o secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon.
Os Estados Unidos, aliados de Israel,
fizeram a crítica mais forte sobre a ofensiva em Gaza ao considerar “totalmente
inaceitável” o bombardeio ao abrigo. O governo americano pediu que Israel faça
mais para proteger a vida de civis advertindo que o número de vítimas está
“alto demais”.
Fonte:
Veja.