domingo, 27 de julho de 2014

Mais de 25 Milhões desviados: Segundo a assessoria da Cruz Vermelha brasileira, os desvios estão concentrados quase que exclusivamente nas filiais do Maranhão, Petrópolis e Ceará.

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O filósofo João Ricardo Moderno, presidente da Academia Brasileira de Filosofia  e professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), lembra sobre o caráter da corrupção no Brasil, prática quase inerente à cultura brasileira. “É um fenômeno cultural, não meramente econômico e financeiro nem político, mas cultural". A reflexão surge em meio ao escândalo de desvio de recursos de uma instituição de prestígio, com credibilidade, que recebe contribuições voluntárias em nome de campanhas humanitárias, a Cruz Vermelha no Brasil. 
Desvios milionários de recursos da Cruz Vermelha no Brasil vieram à tona em 2012. Em resposta às denúncias, a instituição, como explica em seu site, “deu o exemplo e teve coragem de cortar a própria carne". Encomendou uma auditoriainternacional e independente para "passar um pente fino" nas filiais e nas próprias contas. O resultado foi divulgado nesta semana. O trabalho conduzido pela inglesa Moore Stephens demonstrou que, no total, foram R$ 25 milhões em gastos sem comprovação e movimentações suspeitas, de recursos públicos e doações que deveriam ter sido empregados entre 2010 e 2012.

Entenda o caso.

Segundo a assessoria da Cruz Vermelha brasileira, os desvios estão concentrados quase que exclusivamente nas filiais do Maranhão, Petrópolis e Ceará. A instituição afirma que está distribuindo os resultados da auditoria tanto no Ministério Público quanto no Ministério da Justiça.
Os desvios constatados pela auditoria envolvem as três campanhas nacionais de arrecadação que aconteceram em 2011, para vítimas dos deslizamentos na Região Serrana do Rio de Janeiro, após as chuvas, para ajudar os atingidos pela guerra civil na Somália e terremotos no Japão. Foram recolhidos R$ 212 mil para as campanhas da Somália e Japão e R$ 1,6 milhão para a tragédia fluminense. A mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha Nacional na época, Anderson Marcelo Choucino, tinha uma ONG que recebeu as doações. As primeiras informações sobre desvio de verbas vieram quando a funcionária Letícia Del Ciampo assumiu o escritório de Petrópolis da entidade e fez denúncias ao Ministério Público (MP). Tanto Chouchino quanto o presidente nacional da instituição à época, Walmir Serra Júnior, foram afastados. Outras irregularidades também foram apuradas. 
Hoje em dia, a Cruz Vermelha Brasileira é presidida por Rosely Sampaio. Segundo a assessoria, a direção pedirá punição aos gestores envolvido com os desvios. A Cruz Vermelha também estuda medidas judiciais que visem reparação pelos danos causados à imagem da instituição perante a opinião pública.
Além de apontar o suposto desvio financeiro, a consultoria contratada apresentou um plano de recuperação das contas da entidade – que confirmou que vai colocar em prática todas as recomendações do relatório. A Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), à qual a organização brasileira é filiada, determinou que uma comissão especial acompanhe a implementação das recomendações.
Lei a matéria na integra clicando AQUI.
Fonte: Jornal do Brasil.
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