Aprovado na Comissão de Agricultura projeto de lei (PL
2452/11) do deputado Efraim Filho, do DEM da Paraíba, que passa a considerar a
vaquejada como atividade desportiva formal.
O relator na comissão, deputado
Moreira Mendes, do PSD de Rondônia, acredita que a transformação da vaquejada
em um esporte não irá prejudicar os animais. Ele acrescenta que aqueles
contrários à proposta são pessoas que moram em cidade grande e não conhecem a
cultura do Nordeste.
"Mas, normalmente, quem
cuida dessa questão da proteção dos animais são as pessoas que vivem nas
grandes cidades e que não têm noção da cultura, não têm ideia do que significa
isso para as tradições do nordestino. Enfim, não valoriza essas coisas, estão
fora desses ambientes e, por consequência, não vão nunca, com lei ou sem lei,
aceitar isso como uma atividade normal."
Já o deputado Ricardo Tripoli,
do PSDB de São Paulo, afirma que a proposta se trata de um projeto ultrapassado.
"Isso não representa a
cultura brasileira, isso não representa absolutamente nada. É um retrocesso, é
algo que mostra a maneira como não se devem ser tratados os animais. É um dos
projetos antigos e ultrapassados que estão no Congresso e eu espero que ele não
seja aprovado, seja rejeitado. Até porque há uma consciência hoje da população
contrária a essa prática no Brasil e no mundo."
A diretora científica do
Instituto de Saúde e de Psicologia Animal, Ceres Faraco, destaca que as
atividades empresariais estão por trás do viés cultural da vaquejada.
"Isso hoje é uma atividade
empresarial com prêmios: são prêmios elevados. Então existem vários interesses
que estão sendo levados adiante sobre a argumentação de uma atividade cultural."
Atualmente, a vaquejada é
considerada uma atividade recreativa e competitiva, sendo uma manifestação
cultural legitimamente brasileira que acontece há mais de 100 anos. Com a
aprovação do projeto, a vaquejada se tornaria um esporte, com garantias de
segurança no local da competição, seguro de vida e de acidente para o peão.
O
projeto de lei também será analisado por outras duas comissões da Câmara.
Fonte: Ceará News 7.












