terça-feira, 17 de junho de 2014

A compra de votos para que FHC pudesse se reeleger.

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Quando me lembro de algumas coisas que disse, sinto inveja dos mudos, escreveu Sêneca, o grande estoico.
Pensei nisso quando li agora a resposta de FHC a Lula sobre a conhecida compra de votos no Congresso em 1996 para que ele, FHC, pudesse ser reeleito.
FHC, como o legítimo udenista que se tornou ao abraçar o moralismo cínico e calculado consagrado por Carlos Lacerda, acusou Lula de ter “vestido a carapuça”. Na convenção que consagrou a candidatura de Aécio, FHC afirmou que já era hora de o país de livrar dos “corruptos”. Lula evocou, então, a compra de votos.
“Falsidade”, disse FHC sobre as acusações.
Quem acredita nisso, como disse Wellington, acredita em tudo. Um dos envolvidos, o então deputado do Acre Narciso Mendes, contou na ocasião o episódio à Folha, que o tratou como “Senhor X”. Mendes, hoje com 67 anos, recebeu 200 000 reais em 1996, como muitos de seus colegas. Em dinheiro de hoje, é cerca de 530 000 reais.
Abaixo, um trecho de uma reportagem da Folha naqueles dias:
“O dinheiro (…) só foi entregue aos parlamentares na manhã do dia da votação do primeiro turno da emenda da reeleição, 28 de janeiro, uma terça-feira. 
A entrega dos 200 000 reais em dinheiro, para cada deputado, foi feita mediante a devolução dos cheques pré-datados — que foram rasgados (…).
A troca dos cheques por dinheiro ocorreu em um local combinado em Brasília. Cada deputado se apresentou, rasgou seu cheque na hora e recebeu o pagamento em dinheiro dentro de uma sacola.”
Todo mundo sabia quem era o “Senhor X”, mas isso não estimulou nenhuma empresa de mídia a ir atrás de uma história simplesmente sensacional de corrupção.
O motivo é que FHC era amigo.
Leia na integra clicando AQUI.

Fonte: Diário do Centro do Mundo.
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