A regulação dos meios de
comunicação será o novo cavalo de batalha da sucessão presidencial. O tema foi
incluído pelo PT em seu programa de governo para um segundo mandato da
presidente Dilma Rousseff e já assusta grupos tradicionais da mídia familiar, como
a Folha, de Otávio Frias Filho.
Um sinal de que a resistência será forte é a manchete desta
quarta-feira do portal de notícias Uol, ligado ao grupo Folha, dedicada ao
tema. A reportagem de Valdo Cruz e Andréia Sadi, no entanto, enfatiza que a
proposta de Dilma não controla o conteúdo dos meios de comunicação e trata
apenas da regulação econômica do setor, de modo a evitar monopólios ou
oligopólios no setor.
A proposta foi inicialmente lançada pelo ministro Franklin
Martins, ainda no governo Lula, mas não andou na gestão do ministro Paulo
Bernardo, que poderia levar a discussão adiante. Agora, está no programa do PT
nos seguintes termos: "A democratização da
sociedade brasileira exige que todas e todos possam exercer plenamente a mais
ampla e irrestrita liberdade de expressão, o que passa pela regulação dos meios
de comunicação –impedindo práticas monopolistas– sem que isso implique qualquer
forma de censura, limitação ou controle de conteúdos".
De acordo com a reportagem da
Folha, o alvo principal é a Globo, que recebe mais de 50% do bolo publicitário
do País, a despeito de uma audiência declinante em suas principais atrações –
isso se deve, em muitos casos, a práticas anticompetitivas, como o bônus de
veiculação pago a agências de publicidade. Com isso, publicitários recebem
prêmios financeiros se direcionarem mais verbas para a emissora.
De acordo com a reportagem da
Folha, a regulação da mídia hoje tem o apoio de Dilma, do ex-presidente Lula,
do ministro Aloizio Mercadante, de Rui Falcão, presidente do PT, e, claro, de
Franklin Martins, que atuará na campanha à reeleição.
Fonte:
Brasil
247.













