Investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato apontam
indícios de que o doleiro Alberto Yousseff teria intermediado doações para
deputados e diretórios do PP e para o PMDB de Rondônia nas eleições de 2010.
Yousseff está preso em Curitiba
por suspeita de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e de atuar em
conluio com o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, também detido pela
PF, para fraudar contratos públicos, com pagamento de propina.
Em interceptações de e-mails,
Yousseff trata das doações com representantes das empresas Queiroz Galvão e
Jaraguá Equipamentos, ambas contratadas para atuar na refinaria Abreu e Lima,
em Pernambuco.
Ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), o PP relata ter recebido R$ 2,240 milhões da Vital Engenharia e R$ 500
mil da Queiroz Galvão. O PP baiano, presidido pelo deputado Mário Negromonte,
recebeu R$ 500 mil.
Uma lista de deputados do PP
também é citada nos e-mails do doleiro: Nelson Meurer (PR) foi beneficiário de
R$ 500 mil, Roberto Teixeira (PE) recebeu R$ 250 mil, Roberto Britto (BA) ficou
com R$ 100 mil e Aline Corrêa (SP) com R$ 250 mil. Condenado na AP 470, Pedro
Henry (MT) obteve R$ 100 mil.
O diretório de Rondônia do
PMDB, presidido pelo senador Valdir Raupp, teria sido igualmente beneficiado do
esquema, com R$ 300 mil.
Leia aqui a reportagem de Fausto Macedo
sobre o assunto.
Fonte: Brasil 247.