A Alstom pagou propina de R$ 31,9 milhões, em valores atualizados,
para garantir contrato em 1998 com estatais paulistas do setor de energia. A
denúncia foi feita por um ex-executivo do grupo francês, em colaboração com o
Ministério Público de São Paulo.
A propina paga na gestão tucana
de Mario Covas equivale a 12,1% do valor do contrato, de R$ 263 milhões. Até então,
investigações tinham apenas documentos do exterior como provas. Testemunha
afirma ainda que o preço das subestações de energia vendidas à Eletropaulo e à
EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) também foi superfaturado em
R$ 16,2 milhões, disse a testemunha.
Na época, a pasta era comandada
por Andrea Matarazzo. Ex-secretário de Covas, ex-ministro de Comunicação Social
do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário de Cultura das gestões de
Alberto Goldman e de Geraldo Alckmin, Matarazzo foi indiciado por corrupção
passiva, após investigação da Polícia Federal, mas o tucano afirma que não
conhece os lobistas, empresários e executivos que protagonizaram o escândalo
que envolve pagamento de propina para favorecimento em licitações do metrô de
São Paulo.
Em 1998, Matarazzo foi um dos
arrecadadores da campanha presidencial de FHC e também apontado como um dos
responsáveis pelo caixa dois do partido naquela disputa. Para saber mais, leia Propina da
Alstom ajudou a bancar reeleição de FHC.
Fonte: Brasil 247.