Durante sua gestão no governo de São Paulo, José Serra
(PSDB) autorizou a compra de 48 trens para a CPTM por cerca de R$ 2 bilhões sem
pesquisar preço, conforme determinação da lei.
A empresa que levou os contratos foi a
companhia espanhola CAF (Construciones y Auxiliar de Ferrocarriles), citada no
cartel denunciado pela Siemens, montado em contratos com governos tucanos desde
a gestão de Mario Covas (1998).
A decisão foi comprovada em relatório do
Tribunal de Contas do Estado. A CPTM alega ter usado "orçamento
estimativo", baseado em preços de compras anteriores.
Investigações da Corregedoria Geral da
Administração, órgão montado pelo atual governador Geraldo Alckmin (PSDB),
atribuem a responsabilidade ao engenheiro Osvaldo Spuri - que foi presidente da
comissão de licitação nos dois casos. Atualmente, ele ocupa o posto de
secretário municipal de Infraestrutura Urbana da Prefeitura de São Paulo.
Segundo números apurados a partir de dados do Sistema de
Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo) do governo do estado,
em 2013 foi empenhado R$ 1,1 bilhão e pago às empresas vinculadas ao cartel
quase R$ 784 milhões.
Três secretários do governo Geraldo Alckmin (PSDB) são
citados como destinatários do suborno: o chefe da Casa Civil, Edson Aparecido,
o secretário de Energia, José Aníbal e o hoje secretário do Desenvolvimento
Econômico, Rodrigo Garcia (DEM) (leia aqui reportagem da Folha de S. Paulo sobre
o assunto).
Fonte: Brasil 247.