sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Prestação de contas não foi feito e o repasse foi suspenso: Burocracia interrompe Operação Carro-Pipa no Ceará.

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Alguns municípios cearenses estão sem receber água dos carros-pipa da Defesa Civil do Estado. O problema ocorre porque duas empresas contratadas pelo Governo para realizar os serviços não apresentaram prestação de contas nem relatórios comprovando a distribuição. Processo administrativo foi aberto para apurar as irregularidades. Com isso, o pagamento a elas foi cortado e a operação está suspensa, deixando algumas localidades sem cobertura.


É o caso do município de Alcântaras (285 km de Fortaleza), que, de acordo com o prefeito, está há três meses sem a água antes trazida pelos caminhões da operação. “É uma enrolada tão grande da Defesa Civil que a gente está tendo que se virar para não morrer de sede. Eles dizem que vão mandar (os caminhões) e não mandam”, relata o prefeito Eliésio Fonteles (Pros).
Para contornar a situação, ele diz que a Prefeitura está gastando R$ 54 mil por mês com o pagamento de três caminhões particulares para levar água às comunidades. “A situação é crítica, não queira estar no nosso lugar”, adverte e acrescenta que a situação se repete em Meruoca, município vizinho.
O coordenador da Defesa Civil de Várzea Alegre (446,1 km de Fortaleza), George Ditu, disse que a população ficou apreensiva ante a possibilidade de suspensão no município. Porém, segundo ele, houve a promessa de que a operação será retomada no próximo dia 15, conforme já era previsto. Além da operação estadual, muitos municípios são atendidos por caminhões do Exército, o que evita situação mais grave.
O deputado João Jaime (DEM), que preside a Comissão Especial da Seca na Assembleia Legislativa, classificou a situação como “inadmissível”. Ele chegou a apresentar lista com 25 municípios que estariam sem assistência devido à suspensão da operação. Mas, segundo o parlamentar, o número pode chegar a mais de 40. “O Governo diz que é por problemas na prestação de contas, mas estamos em uma situação de emergência e a barriga do povo não pode esperar pela burocracia”, critica.

Explicação:
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Hélcio Queiroz, contestou os dados do deputado. Ele não soube quantificar os municípios onde ocorre o problema, mas disse que são “muito menos” que 25 e que o parlamentar estaria “politizando” a questão. De acordo com ele, as empresas Constran e Monte Horebe – contratadas para fornecer e transportar água em algumas áreas do Estado não fizeram a devida prestação de contas. “As empresas não estão comprovando a distribuição de água e isso é grave. (...) Não podemos ser irresponsáveis com o dinheiro público”, diz o coordenador. Sem dar detalhes, ele diz que o Governo trabalha com outras estratégias de abastecimento para não prejudicar a população.


Fonte: O Povo.
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