O POVO conferiu o preço sugerido pelas montadoras para o
mesmo carro em diferentes partes do mundo. O resultado surpreende contra e a
favor do Brasil. Nem sempre os preços são maiores por aqui.
O
Camaro (Chevrolet) é um exemplo marcante. No Brasil, sai por R$ 213.490. É a
versão topo de linha e é importado. Nos Estados Unidos, com R$ 56.532 (US$
23.555) dá pra comprar o modelo. Por outro lado, o Jetta (Volks) custa R$
65.990 no Brasil, frente aos R$ 69.520 (21.725 euros) na Alemanha. Preços
consultados nos dias 9 e 10 de janeiro, nos portais das montadoras em cada país.
Os
tributos consomem cerca de 45% do custo do carro no Brasil para as fabricantes.
Além disso, cerca de 20% é de mão de obra, diretas e indiretas; 5% é o custo da
logística de peças; 5% é o custo médio do frete, o que varia de acordo com a
região do País. O restante é referente ao lucro da montadora, lucro da
concessionária, energia elétrica, transporte interno, estoque, material e
outras despesas. As estimativas são do diretor conselheiro da Associação dos
Engenheiros Automotivos do Brasil (SAE-Brasil), Francisco Satkunas.
“O
carro nacional não é mais carroça, como havia dito o então presidente Fernando
Collor de Mello (início da década de 1990). Não estamos defasados. Depois que
entraram os carros chineses todos com ar-condicionado, trava elétrica e direção
hidráulica, criamos vergonha”, destaca Satkunas.
O
diretor da SAE-Brasil ressalta que os carros nos Estados Unidos são mesmo mais
baratos, o que é explicado também pela quantidade de veículos vendidos por ano,
15 milhões, quatro vezes mais do que no Brasil, que atinge 3,7 milhões. “Mesmo
com a mão de obra mais cara nos EUA, a produção é cerca de 20% mais barata que
no Brasil”.
Impacta
também no preço as situações econômicas, políticas, sociais, de matéria-prima,
logística e interesses nacionais. Esses aspectos também devem ser levados em
conta para comparar os valores.
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Fonte: O
Povo.