A despeito de comentar um relatório do Banco Mundial
sobre o crescimento da economia em 2014, o presidenciável do PSB, Eduardo
Campos, disse, em postagem no Facebook, neste fim de semana, que defende o fim
da reeleição. É o último aceno do governador de Pernambuco para ter a
ex-senadora Marina Silva como sua vice na chapa do PSB.
"Sou defensor do fim da reeleição. Não é
possível que o país, os estados e os municípios fiquem reféns de projetos
eleitorais. No vale-tudo partidário, mais 4 anos de mandato são mais
importantes que as soluções que a população precisa. Defendo mandato único para
cargos executivos e eleições casadas. Porque todo ano no Brasil é eleitoral ou
pré-eleitoral. E o país vive em função das urnas. Com eleições casadas,
evitamos também que um político deixe o mandato no meio para concorrer a outro
cargo", publicou Campos em sua página no Facebook.
Desde a adesão de Marina ao PSB, Campos tem
seguido um roteiro que inclui atender a todos os pedidos da ex-ministra do Meio
Ambiente. Primeiro passo decisivo na formação da chapa Campos-Marina se deu com
a mudanças de planos na aliança que o PSB já dava como certa em São Paulo em
apoio à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB). Com a recusa de Marina, que vê
incoerência no discurso do "novo" na política e o engajamento da
campanha de um candidato cujo partido já governa São Paulo por quase 20 anos.
Retirado o apoio de Alckmin, o PSB deve lançar candidato próprio na disputa
pela governo do maior colégio eleitoral do país.
Agora, com a defesa do fim da reeleição,
Campos assume um compromisso público de uma vez eleito neste ano, apoiar a
candidatura da ex-senadora em 2018. Dentro do PSB - e é desejo do próprio
Campos, o ideal seria Marina já assumir a pré-candidatura de vice-presidente em
fevereiro. Tanto engajamento a este propósito está baseado em pesquisas que
revelam que tendo Marina como vice, Campos ultrapassa o senador Aécio Neves
(PSDB) na disputa presidencial, ficando atrás apenas da presidente Dilma
Rousseff (PT).
Fonte:
Brasil
247.