Brasil
247 - "Nossa aliança não é
verticalizada, não estabelece para a lógica dos estados a mesma lógica que
temos no plano federal", disse Marina Silva em seminário da Rede em
Brasília; São Paulo e Paraná são exemplos de onde não será possível as
duas legendas caminharem juntas; "No Paraná, a Rede está apoiando a
candidatura do PV, da deputada Rosane Ferreira, e o PSB está mantendo o mesmo
processo de discussão que já estava com o PSDB"; em SP, a rede descarta
chance de apoiar Alckmin; mas o PSB lhe dará palanque em troca de apoio num
possível segundo turno sem o tucano Aécio Neves.
A ex-ministra Marina
Silva e o pré-candidato a presidente da República Eduardo Campos disseram neste
domingo que a aliança Rede - PSB não será imposta nos estados nas eleições de
2014.
A criadora do
'clandestino' Rede (não obteve registro no Superior Tribunal de Justiça – STJ)
disse em coletiva em Brasília, que os dirigentes das legendas estarão livres
para fazer coligações de modo a observar o melhor para as questões locais.
"A nossa
aliança não é verticalizada, não estabelece para a lógica dos estados a mesma
lógica que temos no plano federal", disse Marina. Ela e o governador de
Pernambuco participaram hoje do primeiro seminário programático da Rede,
realizado em Brasília e que também teve a presença de caciques do PSB.
Marina citou
São Paulo e Paraná como exemplos de onde provavelmente não será possível Rede e
PSB caminharem juntos. "Em alguns casos, como do Paraná, a Rede está
apoiando a candidatura do PV, da deputada Rosane Ferreira, e o PSB está
mantendo o mesmo processo de discussão que já estava com o PSDB".
Em São Paulo a
ex-ministra descarta possibilidade de os adeptos da Rede darem apoio ao tucano
Geraldo Alckmin no seu projeto de reeleição. Alckmin, contudo, deverá ter apoio
do PSB de Eduardo Campos, que espera reciprocidade no seu palanque presidencial
num possível segundo turno sem participação do senador Aécio Neves.
Apesar das
explicações à imprensa, Marina, contudo, disse que a "estratégia" é
priorizar a discussão do conteúdo programático da candidatura nacional. Daí,
segundo ela, o direcionamento do projeto presidencial ajudará na composição das
alianças locais. "O conteúdo não pode ser incoerente com a forma".
Eduardo Campos
concordou com a criadora da Rede acerca das peculiaridades regionais.
"Problemas nos Estados o nosso partido dentro dele próprio já tem, imagina
quando a gente soma os dois", disse em tom descontraído o presidenciável
pernambucano.
O socialista,
sem citar nomes, usou como parâmetro para dificuldades de alianças a conturbada
relação do PT da presidente Dilma Rousseff com o PMDB do vice, Michel Temer.
"Ora, há
90 dias (antes da aproximação com Marina Silva) estávamos em uma linha. Fizemos
outra e hoje a gente tem muito menos problema do que eles que vivem juntos a
todo tempo".
Eduardo
procurou, mais uma vez, passar ideia de que Marina e a Rede também serão
protagonistas no pleito que se aproxima. "Não precisamos ficar dando
explicação um ao outro sobre posição que tomamos".
Fonte: Brasil 247.