Dos 28 requerimentos para ouvir os principais envolvidos no
esquema de corrupção em contratos de trem e metrô em governos tucanos desde
Mario Covas (1998), apenas três foram aceitos pelos deputados; a comissão ainda
não acatou o pedido de depoimento de um dos delatores do esquema, o ex-diretor
da Siemens Everton Rheinheimer, que acusa três secretários de Alckmin – Edson
Aparecido, Rodrigo Garcia e José Aníbal – de receber propina.
Se depender da base aliada do
governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo, o
escândalo da formação de cartel em contratos de trem e metrô em governos
tucanos desde Mario Covas (1998) não sairá do papel.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu
"rapidez" e "seriedade" nas investigações sobre o esquema
de cartel.
No entanto, até agora, a abertura da CPI do caso não obteve adesão
suficiente de deputados. Desde 2008, esta é a quarta tentativa do PT para
instalar uma CPI sobre o conluio de empresas nos contratos do Metrô paulista.
As propostas anteriores não passaram pelo mesmo motivo: bloqueio da maioria
governista. Para existir, a comissão precisa de 32 assinaturas. Até o momento,
a atual proposta conta com 26 adesões.
Além disso, dos 28 requerimentos da oposição para convocar
autoridades e envolvidos no esquema, apenas três foram ouvidos pelos deputados.
São eles: o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e os
atuais presidentes do Metrô, Luiz Antonio Pacheco, e da CPTM, Mário Manuel
Bandeira.
Figuras importantes, como os presidentes do Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Carvalho, e da Siemens, Paulo
Stark, e o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) não responderam à convocação.
A comissão ainda não acatou o
pedido para ouvir um dos delatores do esquema, Everton Rheinheimer. Ele acusa
três secretários de Alckmin – Edson Aparecido, Rodrigo Garcia e José Anibal –
de receber propina do esquema. Além disso, envolveu o deputado federal Arnaldo
Jardim (PPS-SP) e o estadual Campos Machado (PTB).
Outro nome vetado foi o de João Roberto Zaniboni, ex-diretor da
CPTM que recebeu US$ 836 mil numa conta na Suíça.
Fonte: Brasil 247.