Brasil 247 - Pesquisa
CNT/MDA aponta que a ampla maioria da população aprova o programa do governo
federal que leva médicos para regiões carentes e com déficit de profissionais
da saúde; ao contrário dos ataques da classe médica do País, que é contra a
iniciativa, 66,8% acreditam que os médicos estrangeiros estão capacitados para
atender a população brasileira; números mostram que o ex-governador José Serra,
que defendeu o programa pela primeira vez nesta quarta-feira, tem razão;
"Todo mundo de acordo", disse ele; aprovação fortalece bandeira do
ministro e candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha.
Levantamento divulgado pela Confederação Nacional do
Transporte (CNT), encomendado ao Instituto MDA, revela que 84,3% aprovam o
programa Mais Médicos, do governo federal. De acordo com a mostra, divulgada
nesta manhã, 66,8% acreditam que os médicos estrangeiros estão capacitados para
atender a população brasileira.
Em julho, a mesma pesquisa apontou aprovação
do Mais Médicos de 49,7% da população. Em setembro, esse percentual subiu para
73,9%, alcançando 84,3% em novembro. O levantamento mostra também que o
programa tem a desaprovação de apenas 12,8% da população. Entre os
entrevistados, 13% consideram que o programa cumpre totalmente os objetivos
para os quais foi criado, enquanto 46% declararam que ele cumpre apenas em
parte.
A iniciativa tem como objetivo levar médicos
– brasileiros e estrangeiros – a regiões carentes e com déficit de
profissionais da saúde em todo o País. Logo que foi anunciado, o programa
recebeu duras críticas da classe médica, que argumentou que não faltavam
médicos no território brasileiro e condenaram a qualificação de profissionais
estrangeiros, especialmente os cubanos.
Os números da pesquisa comprovam que a
campanha dos conselhos regionais de medicina e sindicatos contra o Mais
Médicos, o que resultou em protestos em municípios de todas as regiões, não
funcionou. Segundo o ministério da Saúde, 2.167 médicos estrangeiros
desembarcaram no Brasil no final de outubro, que, ao se juntarem ao grupo de
1.499 profissionais já em atendimento, atenderão 13 milhões de brasileiros.
Na avaliação dos que responderam à pesquisa,
a saúde (87,4%) é a ação pública que mais precisa de melhorias. Em seguida
estão educação (49,7%), segurança (34,3%), emprego (13,3%), habitação (5,5%) e
transporte (3,9%). A política é apontada como a área que mais precisa de
reformas. Foram entrevistadas 2.005 pessoas, em 135 municípios de 21 unidades
da Federação, entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro. A margem de erro é 2,2
pontos percentuais.
Fonte: Brasil 247.