O governador Cid Gomes fez questão de tornar pública sua insatisfação
com as negociações – feitas pelas suas costas – entre o seu partido, o PSB, e a
ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT).
Indignado com o que chamou
de “hostilidade”, o governador foi obrigado a mudar o discurso e rever sua
permanência no PSB. Antes de tomar uma decisão, conversou com o presidente da
sigla, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que pretende disputar com
Dilma Rousseff, em 2014, a presidência da República.
Cid perguntou se poderia permanecer no partido mesmo apoiando
a reeleição da petista, construindo, no Ceará, um “palanque duplo”, como
propôs o presidente do PT, Rui Falcão. O cearense recebeu um
incisivo “não” do virtual candidato pelo PSB.
Diante da sinuca de bico
que lhe foi imposta, Cid Gomes questionou se teria “alforria” para deixar o
partido, juntamente com seus aliados, sem sofrer processo por infidelidade
partidária. Sem titubear, Eduardo Campos cravou: “Na hora!”
Após diálogo com o presidente,
a permanência de Cid no PSB se tornou insustentável. O governador deve deixar a
sigla ainda hoje (25), levando consigo todos os seus aliados.
A Executiva Nacional do
partido voltará a se reunir, na tarde de hoje, na sede do partido em Brasília. Na
ocasião, deve ser posto que os contrários à candidatura própria do partido
devem deixar a sigla.
Fonte:
Ceará
News 7.