Polícia apura se adolescente matou
pais, tia, avó e se matou.
Garoto possuía doença genética que afeta funcionamento de secreções.
Garoto possuía doença genética que afeta funcionamento de secreções.
A polícia apura se o garoto de 13 anos encontrado morto
junto com os pais policiais, a avó e a tia, na Zona Norte da capital paulista,
nesta segunda-feira (5), atirou na família e se matou em seguida. A hipótese
foi levantada pelo comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Benedito
Roberto Meira. “O menino era canhoto e o disparo foi feito do lado esquerdo da
cabeça dele e a arma estava debaixo do corpo do adolescente", falou Meira.
No entanto, ele ressaltou que a polícia não descarta que outras linhas de
investigação possam aparecer nos próximos dias. No boletim de ocorrência
registrado pela Polícia Civil, consta que o adolescente encontrado morto
"empunhava a arma na mão esquerda, debaixo do corpo".
Andréia Regina Bovo Pesseghini,
de 36 anos, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, a mãe da policial
militar, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, a tia da policial, Bernadete
Oliveira da Silva, de 55 anos, e o filho do casal, de 13 anos, foram
encontrados mortos em duas casas da família que ficam no mesmo terreno, na
Brasilândia. Por volta das 10h30, os corpos das vítimas continuavam no
Instituto Médico Legal central, na Zona Oeste de São Paulo.
Nesta terça-feira, Fábio Luiz Pesheghini, irmão de Luís
Marcelo, afirmou que o sobrinho não era canhoto. "Pelo que eu sei ele era
destro. Eu tenho quase certeza que ele era destro”, disse. Segundo Fabio, o
sobrinho era “tranquilo, uma criança normal, que não dava trabalho para os
pais, mal saía de casa”. Ele disse desconhecer se o irmão e a cunhada recebiam
ameaças.
O adolescente tinha fibrose
cística, doença genética que afeta o funcionamento de secreções do corpo,
levando a problemas nos pulmões e no sistema digestivo. Segundo o capitão
Laerte Araquém Fidelis Dias, do 18º Batalhão da 1ª Companhia da Polícia
Militar, na Freguesia do Ó, a cabo Andréia, que era subordinada a ele, recebeu
a previsão que o filho só viveria até os 4 anos. Dias a definiu como uma
funcionária exemplar.
"Excelente funcionária,
alegre, trabalhadora e esforçada. Mesmo a gente sabendo deste problema do filho
- o primeiro parecer médico é que ele viveria quatro anos - ela tinha o astral
lá em cima", disse o capitão. Ele afirma ter encontrado com o menino duas ou
três vezes, que não aparentava fisicamente ter qualquer problema e o definiu
como tímido.
O capitão Dias trabalhava com
Andréia há dois anos. Segundo ele, ela estava afastada das ruas por um problema
de coluna - a cabo possuía pinos metálicos na coluna e fazia fisioterapia no
Hospital das Clínicas. Ele disse nunca ter ouvido relatos de problemas
conjugais.
Investigações
A Polícia Civil procura agora identificar quem estacionou o carro da família, um Corsa Classic prata, na rua da escola onde estudava o filho do casal, a cerca de 5 km de distância do local do crime. A polícia recolheu imagens de câmeras de segurança de ruas próximas em busca de pistas sobre quem dirigiu o carro da casa até a escola.
A Polícia Civil procura agora identificar quem estacionou o carro da família, um Corsa Classic prata, na rua da escola onde estudava o filho do casal, a cerca de 5 km de distância do local do crime. A polícia recolheu imagens de câmeras de segurança de ruas próximas em busca de pistas sobre quem dirigiu o carro da casa até a escola.
O comandante da Polícia Militar
de São Paulo, coronel Benedito Roberto Meira, descartou na noite desta
segunda-feira que a família tenha sido vítima de um ataque ou de uma retaliação
por parte de alguma organização criminosa. Peritos levantaram a hipótese de
execução seguida de suicídio.
Alguns indícios apontam que o autor
dos crimes seria o próprio filho do casal, de 13 anos.
"O que a gente descarta em um primeiro momento é um ataque, uma retaliação de qualquer tipo de facção [criminosa], pelas características do que foi encontrado no local. Não tem nenhum objeto revirado, o armamento foi o mesmo em todas as mortes e não tinha sinal de arrombamento", disse Meira.
"O que a gente descarta em um primeiro momento é um ataque, uma retaliação de qualquer tipo de facção [criminosa], pelas características do que foi encontrado no local. Não tem nenhum objeto revirado, o armamento foi o mesmo em todas as mortes e não tinha sinal de arrombamento", disse Meira.
Segundo o comandante da PM, o
adolescente chegou a ir à escola no período da manhã, pois foi encontrado na
mochila dele um bilhete com orientações para os pais. "O DHPP
[Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil] vai ter
condições de apurar quem estacionou o veículo no local. Essa outra pessoa que
estacionou pode ser um adulto, talvez até mesmo da família, ou que conheça a
família. Pode ser ele", disse Meira, para justificar que outras linhas de
investigações para o crime não sejam descartadas. "Tudo leva a crer que
foi um crime planejado", completou.
O comandante da PM negou que os
policiais militares mortos tivessem problemas psicológicos ou mesmo que já
tenham sido investigados pela Corregedoria da corporação.
Indícios
Ainda segundo o comandante da PM, ao menos duas armas foram apreendidas na residência, um revólver calibre 32, encontrado em uma mochila junto com outros pertences do menino logo na porta de entrada, e uma pistola calibre .40, de propriedade da Polícia Militar mas que estava de posse da cabo. "O revólver era da policial, que ficou com a arma do pai, após o falecimento dele", explicou Meira.
Indícios
Ainda segundo o comandante da PM, ao menos duas armas foram apreendidas na residência, um revólver calibre 32, encontrado em uma mochila junto com outros pertences do menino logo na porta de entrada, e uma pistola calibre .40, de propriedade da Polícia Militar mas que estava de posse da cabo. "O revólver era da policial, que ficou com a arma do pai, após o falecimento dele", explicou Meira.
O oficial afirmou que foram efetuados
ao menos cinco tiros dentro da casa, todos compatíveis com um pistola .40.
Apesar disso, apenas exames de balística deverão comprovar se os disparos foram
feitos pela pistola encontrada sob o corpo do garoto morto. "O que os
peritos apuraram aqui é que não tem nenhum estojo diferente do de .40 na
residência."
Além disso, a perícia localizou
cinco cartuchos de pistola .40 deflagrados, além de um carregador com outros
projéteis não deflagrados e mais um na câmara de disparo da arma, perfazendo um
total de 14, justamente a capacidadetotal de um carregador.
Além do exame de balística da
arma, um conjunto de provas e perícias deverá ser realizada ainda na madrugada
desta terça-feira, segundo Meira. "Por exemplo, o exame toxicológico dos
corpos. Será que essas pessoas tomaram algum tipo de medicamento, alguma
substância que as deixaram adormecidas?", questionou.
Fonte: G1