O governador do Rio de Janeiro,
Sérgio Cabral (PMDB), afirmou, em entrevista para a revista Istoé que deixará o
comando do Estado entre janeiro e abril de 2014 para dar visibilidade ao seu
vice, Luiz Fernando de Souza, o Pezão.
—
É importante que Pezão tenha tempo de conhecer e conquistar o eleitor
fluminense. Acho que essa aliança fez muito bem ao Brasil e eu vou lutar por
ela no plano estadual e federal.
Sobre
as alianças para as próximas eleições, o governador do Rio diz que não aceita
palanque duplo no Rio, a não ser que Lindbergh Farias (PT) concorde em ser vice
de Pezão, de acordo com a revista.
Cabral
disse ainda que o vandalismo tomou conta das manifestações e que isso o
deixa “muito preocupado”.
—
O processo atual nada tem a ver com aquele momento, que começou em junho, em
que todo o Brasil se manifestou. Estou preocupado com o acuamento das
instituições. Coquetel molotov e rojões não fazem parte da democracia.
Segundo o governador, por trás dos
sucessivos atos contra ele, há "segmentos políticos interessados em minar
a aliança celebrada entre o governo do Estado, a presidenta Dilma Rousseff (PT)
e o prefeito carioca, Eduardo Paes (PMDB)".
—
Há setores e segmentos incomodados com as alianças. E, às vezes, até mesmo
dentro dos nossos partidos há quem não esteja trabalhando como deveria para que
essa aliança permaneça. Isso faz parte do jogo político. A gente tem que ter a
sensibilidade para perceber isso.
E
mesmo diante de tantas críticas à polícia nas favelas pacificadas, o governador
afirmou que as UPPs nunca estiveram tão fortes.
—
A gente tem que lembrar que antes das UPPs sumiam pessoas semanalmente na
Rocinha. Quando essas comunidades eram controladas pelo poder paralelo, tráfico
e milícia, o micro-ondas queimava pessoas. Claro, há interesses na desmoralização
das UPPs por parte de marginais que querem enfraquecê-las.
Sobre o caso
Amarildo, Cabral afirmou que está "nas mãos da
Delegacia de Homicídios".
— Confio no delegado Vivaldo
Barbosa. É um caso que ninguém mais do que eu e o Beltrame queremos que seja
elucidado, e tenho certeza que será. Tem uma linha de investigação que aponta
para responsabilidade de PMS e outra linha que aponta para o tráfico. Como
qualquer outra investigação, está sendo apurada. Importante é que ninguém vai
passar a mão na cabeça de ninguém, não tem proteção a ninguém.
Fonte: R7 Notícias.