Vindo do Parlamento, o prefeito
Roberto Cláudio (PSB) nunca escondeu ser afeito ao debate. Pelo contrário. Fez
de sua campanha, no ano passado, um amplo espaço de discussão, e promete ser
lembrado como o gestor que melhorou o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo
da cidade. E foi esse o tom que ditou a sessão de ontem, 1, da Câmara de
Fortaleza. Roberto fora prestigiar o presidente do Legislativo Municipal ,
Walter Cavalcante (PMDB), na abertura dos trabalhos parlamentares, mas acabou
sendo provocado por um pequeno grupo, de cerca de dez pessoas, do movimento
“Salve o Cocó”.
Na tribuna da
Casa, as primeiras saudações destinavam-se aos jovens manifestantes. Inclusive,
com a promessa de recebê-los na Presidência da Câmara para discutir a agenda
ambiental da cidade. “Estou disposto a ouvir e a dar meus argumentos. Agora, se
a maioria da cidade de Fortaleza não quiser essa obra, eu não vou teimar em
fazer. Mas as pessoas querem, sim. Eu tenho andado pela cidade, tenho ouvido. E
estou fazendo essa obra porque é necessário e por contar com o apoio da opinião
pública”, justificou.
Manifestantes, não! Massa de manobra
Presente na sessão, o secretário de Educação do
município, Ivo Gomes (PSB), falou com exclusividade ao Aqui CE sobre
a recepção do pequeno grupo de jovens ao prefeito. Assim como o governador Cid
e o ex-ministro Ciro Gomes, Ivo entende que há motivações politiqueiras por
trás dos jovens que se dizem manifestantes, mas na verdade militam pelo partido
do vereador João Alfredo, o Psol.
“O João
Alfredo, a Rosa da Fonseca (ex-política que hoje integra o grupo Crítica
Radical), esse pessoal todinho, têm um único objetivo que é impedir que a
Prefeitura faça. É a anti-política. Na realidade, você faz política para
realizar escolas, melhorar o posto de saúde. E quem não tem projeto de poder,
quer ser pedra. Nunca vitrine. Mas nós fizemos a opção por ser vitrine, com
todos os riscos que vem junto de tudo isso, ou seja receber pedradas”,
sentencia.
Fonte: Ceará News 7.