Cheguei há pouco da unidade mista de saúde. Estava
acompanhando a dona Mazé e seu filho de 4 meses. A família veio do distrito do
Bonfim. A criança chora de dor provocada por uma hérnia. Da unidade mista ela
foi encaminhada para o hospital regional, que ainda não tem atendimento
pediátrico. Do HRN, ela foi mandada de volta para a unidade mista. De lá, a mãe
foi encaminhada para a Santa Casa, onde não tinha pediatra de plantão e, mais
uma vez o atendimento foi negado a criança. Mandaram a mãe de volta para a
unidade mista mais uma vez. E o bebê chorando. Sentindo dores. E a mãe,
coitada... Indignada. Finalmente, internaram a criança na unidade mista, aquele
mesmo local onde falta dipirona. Ela ficará aguardando a chegada de uma
pediatra, o que deve acontecer pela manhã. As auxiliares de enfermagem me
relataram o medo de que a hérnia do bebê estrangule durante a madrugada, pois a
unidade, segundo elas, não dispõe de estrutura para tratar o caso e, quem tem,
no caso, a Santa Casa, não realizou o internamento da criança. Vamos rezar por
essa família! Para que termine tudo bem. Mas não deixemos de cobrar uma atitude
dos nossos representantes, porque de nada adianta hospitais sem médicos e
medicamentos. São como corpos sem alma. Saúde tem que ser prioridade. Boa noite
a todos!
Fonte: Via Facebook – Marcos Mesquita.