Observadores do Ministério Publico Estadual acompanham a passeata para
verificar possíveis excessos por parte da Polícia.
Pelo
menos cinco policiais e dois manifestantes estão feridos devido aos confrontos
que acontecem na avenida Dedé Brasil. Dois homens da Cavalaria foram atingidos
por pedras e bolas de gude. Eles recebem atendimento em um carro da Força
Nacional. Uma garota passou mal e precisou ser removida com uma maca por
agentes de segurança.
A Polícia responde ao avanço dos manifestantes com pedras com bombas de gás e
balas de borracha; helicópteros sobrevoam a avenida. Mais cedo, grupos montaram
barricadas e fizeram fogueiras. Agentes de segurança afastaram os
manifestantes, pois a preocupação é a existência de um posto de gasolina nas
proximidades de onde foi ateado fogo. O Corpo de Bombeiros já está no local.
Moradores do
Sumaré, comunidade próxima da área de embate, estão apavorados com a ação da
Polícia. Alguns relataram estar sofrendo os efeitos do gás lacrimogêneo dentro
de suas casas.
Alguns ônibus - que transportavam
torcedores para a Arena Castelão, foram rendidos pelos manifestantes. Um dos
veículos - pertencente à empresa Vega, foi pedrejado e teve todas as vidraças
quebradas. Os agentes de segurança tiveram dificuldade para fazer os grupos
recuarem. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também chegou à avenida Dedé
Brasil. Barulho de bombas continua sendo escutado por todos os lados.
Às
14h
Os manifestantes
fizeram uma barricada com pneus e atearam fogo em um trecho da avenida Dedé
Brasil. A Polícia usa bala de borracha e bomba de gás para tentar dispersar o
grupo. Um manifestante foi ferido na perna por uma bomba e levado, pela
Polícia, para ser atendido após a barreira policial. O Batalhão de Choque
avançou e os manifestantes recuaram um pouco. Os observadores do Ministério
Público ainda não identificaram excesso da Polícia na ação desta quinta-feira.
Moradores
do Sumaré, área próxima ao confronto, estão apavorados com a violência na área.
13h30min
Alguns manifestantes passaram a
jogar pedras e coquetel molotov nos policiais e conseguiram ultrapassar a
primeira barreira. A Polícia revidou o ataque com bombas de gás lacrimogêneo, o
que fez dispersar o protesto. O Batalhão de Choque está avançando para evitar
que os manifestantes cheguem perto do estádio Arena Castelão. Manifestantes
contrários ao ataque gritam "não à violência" no protesto.
13h
Um grupo jogou rojão e atirou fogos
de artifício. Nesse momento, alguns mais exaltados jogaram pedras e bolas de
gude nos PMs, que não revidaram. Outros manifestantes pediram para que esse
grupo parasse com a violência. Após esse primeiro embate, tudo voltou a ficar tranquilo.
Observadores do Ministério Público continuam a conversar com os manifestantes
para evitar o confronto.
12h53min
A Polícia Militar estima que cerca
de 5 mil pessoas estejam participando do protesto na avenida Dedé Brasil, neste
momento. Continua tudo tranquilo no local da manifestação. Um policial chegou a
conversar com um grupo de pessoas. Ele disse que não queria confronto e que
qualquer manifestação seria respeitada se os manifestantes não tentassem
ultrapassar a barreira policial. Durante a conversa, o grupo repassava as
informações ao restante dos participantes. Eles estão na avenida Dedé Brasil,
no cruzamento com a rua Corumbá.
12h35min
A manifestação chegou à barreira da
Polícia Militar, no Passaré. Observadores do Ministério Público chegaram a
conversar com alguns manifestantes mais exaltados, que estavam com pedras na
mão, para evitar a violência. A manifestação segue pacífica. Os
manifestantes cantaram o Hino Nacional ao chegar na barreira policial. Agora,
eles gritam palavras de ordem.
Após a primeira barreira policial,
há mais duas barreiras - a cavalaria da PM e o batalhão de Choque, antes da
chegada à Arena Castelão.
12h15min
Neste momento, os
manifestantes estão parados no cruzamento entre a avenida Pedro Ramalho com rua
Marechal Bittencourt para decidir se irão para o local onde há o bloqueio da
Polícia ou se contornam em uma rua paralela para evitar o confronto. Os mais
exaltados querem ir em direção ao bloqueio policial. O protesto segue pacífico.
Viaturas do Ronda do
Quarteirão acompanham à distância a manifestação. Helicóptero da Coordenadoria
Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) também está sobrevoando a área. Muitos sindicatos e associações
comunitárias estão participando dessa manifestação, entre eles o Conlutas, o
Movimento de Associação Unidas e a Adufce.
11h30min
Manifestantes já começaram a passeata na
avenida Dedé Brasil, rumo à Arena Castelão, onde
irá ocorrer a semifinal da Copa das Confederações entre
Espanha e Itália. Um grupo de cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar,
saíram da concentração na pracinha da Universidade Estadual do Ceará (Uece), no Itaperi.
O clima é de tranquilidade e
há poucos policiais e viaturas acompanhando os manifestantes até o momento.
Próximo ao estádio há um bloqueio da Força Nacional. Observadores do Ministério
Público Estadual acompanham a passeata para verificar possíveis excessos por
parte da Polícia.
Entre os manifestantes, há
forte presença de sindicatos e associações, principalmente de policiais
militares, que estão à paisana e não quiseram se identificar. O vereador
Capitão Vagner (PR) esteve na concentração e conversou com alguns membros da
associação.
A manifestação foi organizada
via rede social com a criação dos grupos "+ Pão - Circo" e
"Fortaleza Corajosa vai parar". Até agora, as principais
reivindicações nos cartazes e bandeiras dos manifestantes são relativos à tarifa
do transporte público e à entrega imediata das carteirinhas de estudante.
Fonte:
O Povo.