sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ministro da Pesca é suspeito de desvio de dinheiro público, além de ser permissivo com grande esquema de fraude.

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Á frente do Ministério da Pesca há um ano, o bispo da Universal Marcelo Crivella (PRB) é acusado pelo MPF (Ministério Público Federal) de diversas fraudes no programa ‘Bolsa Pesca’ com a participação de líderes sindicais, além de desviar dinheiro público para projetos sociais particulares.
            Segundo o MPF, a aproximação do ministro com o presidente da CNPA (Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores) – Abrãao Lincoln – se mostra como ‘suspeita’, uma vez que no último dia 20, Lincoln tornou-se também, presidente do Partido Republicano Brasileiro (partido de Crivella) no Rio Grande do Norte, festividade que aconteceu com ‘incentivos’ diretos de Crivella. No que diz ás acusações de maneiras mais objetivas, o MPF informou que investiga irregularidades no programa federal Bolsa Pesca na ordem de R$ 1,6 bilhão. Só no Pará, estado que mais recebe recursos do programa, o Ministério Público Federal instaurou 25 ações judiciais e 86 investigações desde 2012, ano em que Crivella assumiu a pasta do ministério.
            Além das fraudes do programa governamental, Crivella ainda é acusado de ter desviado dinheiro público do Ministério da Pesca para o projeto social do qual faz frente, o denominado ‘Cimento Social’ onde oferece moradia ás populações de baixa renda – em 2008 a justiça do Rio de Janeiro chegou a embargar obras do projeto sob o argumento de Crivella estar usando-o com a finalidade eleitoral. Toda essa suposta propaganda do hoje ministro, teria auxiliado politicamente outro missionário evangélico, Marcos Luciano, que em 2012 figurou como candidato á verador na cidade do Rio de Janeiro.
Ministério Público Federal investiga esquema nos Estados
            No Pará, Maranhão, Bahia, Amazonas e Piauí (estados que mais recebem recursos governamentais do seguro-defeso) o MPF instaurou inquéritos para apurar o suposto esquema e concluir se há uma permissividade no Ministério da Pesca com a situação. No Piauí (estado que já recebeu cerca de R$ 178,9 milhões do seguro-defeso), por exemplo, o procurador da República Leonardo Carvalho Cavalcante de Oliveira investiga se o presidente de uma colônia estaria cadastrando falsos pescadores:
            - Infelizmente, é uma prática que se faz recorrente. A colônia de pescadores prepara toda a documentação para a pessoaobter o resgistro de pescador e consequentemente ter direito ao benefício do seguro-defeso, mas em verdade, tais pessoas funcionam apenas como ‘laranjas’.
Já no estado do Amazonas, que já recebeu aproximadamente R$ 396 milhões do programa federal, ao menos 50 cidades teriam 2 colônia, o que segundo a procuradora do Trabalho no estado Fabíola Bessa Salmito Lima é proibido:- A colônia é equivalente a um sindicato, logo haver duas colônias para a mesma classe fere a unicidade sindical. Fomos apurar e vimos que a segunda colônia tem esse propósito.
            Políticos são investigado também no Maranhão, que já recebeu R$ 672,7 milhões do benefício federal. E a colônia dos pescadores seria, mais uma vez, instrumento para isso.
            - Políticos colocam, em colônias, não pescadores que conseguem o registro para receber o seguro-defeso. Em troca, eles elegem diretorias de colônias que apoiam esses políticos, diz Anya Gadelha (procuradora do Trabalho no estado maranhense).
De acordo com o último acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o tema, uma nova auditoria foi determinada nas contas do Ministério da Pesca. Pela última auditoria realizada no Registro Geral da Pesca, o número de inscritos pulou de 85.018 em 2003, para mais de um milhão no ano de 2012.  Crescimento de 1.125%.

Fonte: Anonymus.
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