O meia Giorgos Katidis não deve ter mais a chance de atuar com a
camisa da seleção grega. Durante partida de sua equipe, o AEK Atenas contra o
Veria, válida pela 26ª rodada do Campeonato Grego, o jogador anotou o segundo
gol da vitória por 2 a 1 do AEK e, na comemoração, fez um gesto nazista. Depois
da polêmica, a Federação Grega de Futebol (HFF) resolveu banir o atleta de
forma definitiva da seleção nacional.
O ato de
Katidis chegou a deixar parte da torcida do AEK Atenas revoltada e fez com que
o próprio clube pedisse desculpas publicamente. O próprio meio-campista, depois
da grande repercussão do caso, fez uma retratação por meio de sua conta no
Twitter.
"Não
sou racista de jeito algum. Abomino o fascismo. Não faria o gesto se soubesse
que significa alguma coisa. Eu sei das consequências e não farei mais
isso", escreveu o jogador de 20 anos de idade, que chegou a dizer que a
comemoração do gol, na verdade, foi uma homenagem a seu colega de equipe,
Michalis Pavlis, que está lesionado.
Giorgos
Katidis já atuou nas seleções sub-17, sub-19 e sub-21 da Grécia, mas ainda não
havia atuado pela seleção principal de seu país.
Em
nota oficial divulgada pela federação grega, a entidade reitera que
"condena de forma inequívoca e categoricamente" o gesto do jogador. O
comunicado ainda cita que, segundo as regras da Fifa, Katidis pode ser banido
de forma definitiva do futebol.
Confira, na íntegra, a nota
oficial da Federação Grega de Futebol:
Em reunião extraordinária neste domingo, 17 de março,
2013, a Secretaria Executiva da Federação Grega de Futebol decidiu, em resposta
à saudação nazista George Katidis no jogo AEK x Veria e após análise de todos
os dados, por unanimidade, o seguinte:
A energia do jogador para saudar os espectadores como
nazista é brutal e afeta profundamente todas as vítimas das atrocidades
nazistas, ferindo o caráter pacífico e profundamente humano do futebol. A
Federação condena de forma inequívoca e categoricamente a atitude.
No âmbito dos seus poderes, decidiu pela exclusão de
George Katidis da seleção. A Federação Grega de Futebol previu fenômenos
análogos e já incluem a proibição desse tipo de ação nos contratos que os
jogadores assinam com as equipes.
A HFF está certa também que os órgãos disciplinares
competentes devem intervir de forma decisiva e impor as sanções previstas no
Código Disciplinar para o crime. Entre as penas mais pesadas no futebol, a Fifa
instituiu para tal casos o banimento total do atleta.
Finalmente, a Federação Grega de Futebol tomará todas as
medidas necessárias para preservar a natureza pacífica do futebol, e para
promover os valores da solidariedade, da cooperação e do respeito que professa.
Fonte: Terra