Dois senadores devolveram,
nesta sexta-feira (11), a ajuda de custo depositada pelo Senado Federal em
dezembro, conhecida como 14º e 15º salário. Depois da polêmica com o benefício,
Aécio Neves (PSDB-MG) e João Capiberibe (PSB-AP) depositaram o dinheiro na
conta do Tesouro Nacional.
Em
maio de 2012, o Senado Federal aprovou, por unanimidade, o projeto de Decreto
Legislativo que acaba com o 14º e 15º salários. Apesar de nenhum dos 81
senadores ter se manifestado contra, apenas
13 tinham renunciado ao benefício até a última quinta-feira (10).
Com a polêmica, outros senadores estão abrindo
mão e devolvendo o dinheiro. De acordo com a assessoria de imprensa do Senado,
os senadores que decidirem podem devolver o dinheiro quando quiserem.
Aécio Neves e João Capiberibe já devolveram o dinheiro. O senador
Eduardo Suplicy (PT-SP) informou à reportagem do R7 que já pediu ao gabinete
para devolver o dinheiro.
— Quando o gabinete me informou que recebi esse
dinheiro, que eu votei contra receber, decidi doar para uma entidade social,
mas depois achei melhor devolver.
Além dos três, abriram mão do benefício os
senadores Ana Amélia (PP-RS), Ana Rita (PT-ES), Antonio Russo (PR-MS),
Cristovam Buarque (PDT-DF), João Capiberibe (PSB-AP), João Costa (PPL-TO), João
Vicente Claudino (PTB-PI), Lindbergh Farias (PT-RJ), Pedro Taques (PDT-MT),
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Waldemir Moka (PMDB
- MS) e Walter Pinheiro (PT-BA).
Atualmente, cada parlamentar recebe R$ 26,7 mil
por mês, fora os benefícios como plano de saúde, cota para gastos de gabinete
(que cobre a conta de telefone, correspondências, transporte etc.), além de
passagens áreas. A ajuda de custo que ficou conhecida como 14º e 15º
salários é paga sempre no início e no final do mandato e custa R$ 4,3 milhões
por ano ao Senado e outros R$ 27,3 milhões à Câmara dos Deputados.
Fonte: R7