Torcedores do Zenit de São Petersburgo, da
Rússia, causaram um grande escândalo nesta segunda-feira ao publicar um
manifesto no qual pedem para que o clube deixe de contratar jogadores
homosexuais, negros ou latino-americanos.
Esta polêmica surgiu em meio a uma onda de
protestos de atletas russos do elenco contra o valor atronômico (60 milhões)
desembolsado para a contratação do brasileiro Hulk, que chegou ao clube em
setembro e foi o jogador mais caro da última janela de transferências do
futebol europeu.
Apesar do conteúdo nitidamente racista e
homofóbico do texto publicado no seu site, o grupo de torcedores 'Landskrona'
fez questão de rejeitar qualquer acusação de racismo.
"Não somos racistas, mas para nós, a
ausência de jogadores negro no Zenit faz parte de uma importante tradição, que
marca a identidade do clube", disse o manifesto.
O texto ainda diz que o clube "nunca foi
mentalmente relacionado com África, América do Sul, Austrália ou Oceania"
e alega que o clube "está impondo jogadores negros no time praticamente à
força".
A empresa semiestatal Gazprom, gigante
mundial do mercado de gás natural e proprietária do Zenit, divulgou um
comunicado para pedir mais tolerância ao seus torcedores e deixou claro que
"a contratação dos jogadores não tem nada a ver com a nacionalidade ou a
cor da pele".
"A luta contra qualquer forma de
intolerância é um princípio de base para o desenvolvimento do clube, do futebol
e do esporte no mundo todo", completou Gazprom.
Fonte: Terra.com