Aeronave se dividiu em três partes após romper cerca que
separa o aeroporto internacional em Moscou de uma estrada
Texto atualizado às 13h50
MOSCOU - Pelo
menos quatro pessoas morreram neste sábado em um acidente durante a
aterrissagem de um avião no aeroporto internacional de Vnukovo, em Moscou, informou a
Promotoria de Transporte da Rússia.
Segundo agências locais, entre os mortos estão o comandante e o
copiloto do avião modelo Tu-204 da companhia Red Wings, que não transportava
passageiros. Entre os outros quatro tripulantes que viajavam na aeronave também
há três pessoas feridas com gravidade que foram internadas em hospitais
próximos.
Devido à aterrissagem de emergência, uma parte do avião pegou
fogo, mas o incêndio já foi apagado pelos bombeiros, segundo o Ministério de Situações
de Emergência.
Nas imagens de redes de televisão locais é possível ver que o
avião fabricado pela Tupolev se dividiu em três partes após romper a cerca que
separa o aeroporto de uma via expressa.
A cabine do avião caiu sobre a margem da avenida para espanto
dos motoristas que trafegavam perto do aeroporto.
Por essa razão,
um trecho de vários quilômetros dessa movimentada via teve que ser fechado ao
tráfego, assim como uma estação de metrô próxima. Já o
aeroporto suspendeu todos os pousos e decolagens até novo aviso.
As autoridades estudam se houve falha no motor ou no trem de
pouso do Tupolev, ou um erro do piloto.
O aeroporto internacional de Sheremetievo, localizado no outro
extremo da cidade, receberá por enquanto todos os aviões que inicialmente
deveriam aterrissar em Vnukovo.
Segundo as agências de notícias russas, nos últimos dois meses
dois acidentes similares ocorreram com aeronaves da companhia Red Wings, embora
não tenham deixado mortos ou feridos.
A agência de aviação da Rússia, Rosaviatsia, informou neste
sábado que tinha enviado na sexta-feira uma carta à Tupolev na qual chamava a
atenção sobre os problemas detectados nos sistemas de freio dos Tu-204.
O ministro do Transporte, Mikhail Sokolov, foi ao local do
acidente, e a Promotoria russa abriu um caso penal por violação das regras de
segurança de aviação.
Fonte: Estadão