Jovem
diz que sofria bullying e que tentou se matar após o crime.
O estudante Bruno Eusébio dos Santos, de 26 anos, que confessou o assassinato do colega de quarto, José Leandro
Pinheiro, de 21 anos, foi indiciado por homicídio qualificado, neste sábado
(27). Bruno deve ser transferido para o presídio de Bangu 1 neste fim de
semana. A confissão foi feita durante um depoimento de 15 horas na Delegacia de
Homicídios, com a presença da família dele e psicólogos, na última sexta-feira
(26). O jovem disse que sofria bullying, especialmente por parte da vítima.
O corpo de José Leandro foi levado ao Ceará neste sábado. Por volta das 21h, ele
deve chegar na cidade Deputado Irapuan Pinheiro, onde será enterrado no domingo
(28), segundo a família do estudante.
De acordo com o titular Rivaldo Barbosa, da
Delegacia de Homicídios, o suspeito afirmou que tentou se matar após cometer o
assassinato, misturando remédio e bebida alcoólica.
— O caso foi esclarecido. O rapaz disse que sofria bullying,
pois outros estudantes implicavam com o jeito introvertido dele. Depois que
matou a vítima, ele explicou que tentou se matar ao tomar dois frascos de
Rivotril e vodca.
Em depoimento, o estudante revelou a dinâmica do crime.
Depois de não conseguir dormir a noite inteira por causa de barulhos de outros
moradores da república, o jovem levantou às 5h e foi ao primeiro andar, onde
pegou a pedra para matar o colega. Ele afirma que já tinha misturado vodca
com refrigerante e medicamentos. Em seguida, deu uma pedrada na cabeça de
José e as quatro facadas. Com a morte do companheiro de quarto, ele também
decide se matar.
O pai do suspeito, José Elivaldo dos Santos, esteve na
delegacia e pediu desculpas em nome do filho. Ele afirmou que o filho é um
estudante devotado desde os cinco anos.
— Peço desculpas aos familiares do José Leandro,
que estão sofrendo muito, assim como também estou sofrendo pelo meu filho.
Bruno Eusébio teve a prisão decretada pela Justiça na última
quinta-feira (25) e foi preso por suspeita de homicídio qualificado, já que ele
impossibilitou a defesa da vítima. O crime aconteceu na manhã de quinta-feira
no quarto de uma república no Horto, bairro na região do Jardim Botânico, na
zona sul do Rio de Janeiro.
Os peritos concluíram que
Pinheiro morreu
enquanto dormia ou
falava ao celular deitado na cama. Ele primeiro levou uma pedrada e, na
sequência, quatro facadas.
Segundo o delegado, os peritos encontraram na cozinha da casa a pedra e a faca usadas no crime. Ambas tinham sangue de Santos.
Segundo o delegado, os peritos encontraram na cozinha da casa a pedra e a faca usadas no crime. Ambas tinham sangue de Santos.
Cerca de 15 estudantes estavam na república na hora do crime.
Segundo testemunhas, os dois estudantes foram dormir por volta de 1h depois de
conversarem e navegarem na internet. Não houve festa no local. A polícia não
encontrou vestígio do consumo de drogas. Dois frascos de remédio foram
apreendidos. O conteúdo será periciado, mas há indícios de que seja
tranquilizante.
Pinheiro estava no Impa há cerca de um ano. Ele é de Deputado Irapuã Pinheiro, interior do Ceará. Segundo amigos, ele era o filho mais velho de uma família humilde que vive em uma área rural. Os pais são agricultores. Ele cursou faculdade de Matemática na Universidade Federal do Ceará.
Pinheiro estava no Impa há cerca de um ano. Ele é de Deputado Irapuã Pinheiro, interior do Ceará. Segundo amigos, ele era o filho mais velho de uma família humilde que vive em uma área rural. Os pais são agricultores. Ele cursou faculdade de Matemática na Universidade Federal do Ceará.
Fonte:
R7