Para ministro da
educação, estudantes cotistas ‘vão ter que estudar muito’. 50% das vagas nas
universidades federais serão de jovens da rede pública.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta
segunda-feira (15) que o ministério vai criar um programa nacional para
capacitar os alunos cotistas que ingressarem nas universidades federais.
Segundo Mercadante, o objetivo do programa nacional será sanar deficiências dos
alunos de escolas públicas e deve ser implementado em 2013.
“Eles vão ter que ter uma tutoria, muita gente vai ter que
ter cursos especiais para melhorar o desempenho e garantir não só que eles
entrem, mas que se formem com os demais estudantes", explicou Mercadante,
citando como exemplo aulas de cálculo para estuantes aprovados em cursos que
utilizem muita matemática. "Eles vão ter que estudar muito. Mas eles têm
uma oportunidade."
Segundo
o ministro, esta capacitação deverá ser promovida pelas universidades, com
professores ou alunos de pós-graduação. "Estes alunos (cotistas) vão
precisar de acompanhamento no início do curso. Quando entrar na universidade
vai haver um tutor ou aluno de pós para acompanhá-lo e corrigir essa dificuldade.
Ou então eles poderão fazer um curso de nivelamento."
O governo federal publicou nesta segunda, no
"Diário Oficial da União", o decreto que regulamenta a lei que
garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo
progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino médio em
escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o resultado
dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O decreto é assinado
pela presidente Dilma Rousseff.
De acordo com o ministro, alunos bolsistas da pós-graduação
ou mesmo professores devem ser deslocados para serem tutores dos cotistas.
“Vamos ter uma política de acolhimento dos cotistas, de tutoria. Ajudar a
reforçar o que é necessário [em cada aluno]”, disse.
De acordo com Mercadante, o exemplo do Prouni mostrou que, ao
contrário do que diziam, os alunos do programa tiveram desempenho, em geral,
superior aos dos estudantes de escolas particulares. "Somos o último país
das Américas a abolir a escravatura e nunca tivemos política afirmativa para
corrigir esta dívida histórica. Ainda somos um país muito desigual."
Entenda
a lei das cotas
O governo federal publicou nesta segunda-feira (15), no "Diário Oficial da União", o decreto que regulamenta a lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O decreto é assinado pela presidente Dilma Rousseff.
O governo federal publicou nesta segunda-feira (15), no "Diário Oficial da União", o decreto que regulamenta a lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O decreto é assinado pela presidente Dilma Rousseff.
As universidades e institutos federais terão quatro anos para
implantar progressivamente o percentual de reserva de vagas estabelecido pela
lei, mesmo que já estejam adotando algum tipo de sistema de cotas na seleção.
Atualmente, não existe cota social em 27 das 59 universidades federais. Além
disso, apenas 25 delas possuem reserva de vagas ou sistema de bonificação para
estudantes pretos, pardos e indígenas. De acordo com a lei, 12,5% das vagas de
cada curso e turno já deverão ser reservadas aos cotistas nos processos
seletivos para ingressantes em 2013. As universidades terão 30 dias para
adaptarem seus editais ao que diz a lei.
Fonte: G1













