Apenas o Gavião está com mais de 90%
da capacidade de abastecimento.
Companhia de recursos hídricos descarta problemas de desabastecimento.
Companhia de recursos hídricos descarta problemas de desabastecimento.
Com quatro meses sem chuvas, o Cearávive atualmente
um dos piores períodos de estiagem dos últimos 40 anos, segundo a Companhia de
Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). A falta de chuvas repecute diretamente
no volume dos açudes que contribuem para o abastecimento de água em todo o
Ceará.
Dos 139 açudes monitorados pela
Cogerh, em parceria com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
(Dnocs), apenas o açude Gavião, localizado no município dePacatuba,
na Região Metropolitana deFortaleza,
está com volume acima de 90% da capacidade de abastecimento. Atualmente o
reservatório acumula cerca de 31 milhões de metros cúbicos de água, o que
representa 93% da sua capacidade total.
Outros quarenta açudes apresentam
volume abaixo de 30%, como o Carmina (14%), localizado no município de Catunda;
Santa Maria (14%), no município de Ererê;
Penedo (21%), em Maranguape;
Pompeu Sobrinho (23%), em Choró;
Jerimum (10%), em Irauçuba;
Farias de Sousa (22%), no município de Nova Russas;
Souza (14%), em Canindé;
Madeiro (6%), no município de Pereiro;
e Sucesso (8%), em Tamboril.
De janeiro a setembro deste ano,
o volume acumulado no estado caiu cerca de 15%. No início do ano a água
acumulada nos reservadorios representava 70,93% do total de armazenamento.
Mesmo diante do quadro, a Cogerh descarta qualquer
possibilidade de problemas no abastecimento d'água no Ceará. Atualmente, o
volume acumulado nos reservatórios cearenses é de 10,06 bilhões de metros
cúbicos de água, o que representa 55,17% da capacidade total do estado que,
segundo a Companhia, garante a segurança hídrica necessária ao consumo humano,
industrial e de outros usos.
De acordo com o meteorologista
Namir Melo, da Fundação Cearense de Meteologia e Recusos Híbricos (Funceme),
neste ano houve um decréscimo de 50,4% no volume de chuvas esperado. No fim do ano
passado, a previsão da Funceme era a de que as chuvas para o período de janeiro
a maio de 2012 estariam dentro da média histórica, ou seja, 710 milímetros.
Contrariando as previsões, em
todo o Ceará, choveu 352,1 milímetros, metade do esperado. As regiões mais
castigadas pela falta de chuvas foram o Sertão Central, a região Jaguaribana e
o Sertão dos Inhamuns.
O Ceará deverá ficar ainda cerca
de dois meses sem chuvas. Segundo a Funceme, o período da pré-estação chuvosa
só deve ser iniciado no final de dezembro ou início de janeiro e se estenderá
até a primeira quinzena de fevereiro. Já a quadra chuvosa, propriamente dita,
deve se estender até o mês de maio de 2013.
Fonte: G1-CE













