O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Ceará (Sintect-CE) declarou que o primeiro dia de greve está sendo bem aceito pelos funcionários dos Correios no Ceará. De acordo com Cleiton Braga, diretor do sindicato, um número significativo de trabalhadores aderiu à paralisação. "Nós ainda não temos números exatos, mas a greve foi bem aceita pelos funcionários. Com os trabalhadores da área operacional a paralisação foi maior", disse Braga.
Os grevistas reivindicam 10% de aumento real e R$ 200 de crescimento linear, além de 33% das perdas do período de 1994 a 2012. Foto: Kiko Silva
Diferente do que disse o sindicato, os Correios do Ceará afirmaram que aproximadamente 89% dos empregados estão em seus postos de trabalho, e somente cerca de 308 trabalhadores aderiram ao movimento no estado. A empresa afirmou que preparou um plano de contingência que prevê, entre outras medidas, a realização de horas extras, multirões nos finais de semana e realocamento de empregados da área administrativa para atuar nas unidades da empresa onde houver necessidade.
Os Correios pediram que população não se dirija às unidades da empresa para resgatar suas encomendas, pois os trabalhadores em atividade estão concentrando esforços nos serviços de triagem e distribuição. A sugestão é que aguardem a entrega em seus respectivos endereços, pois o serviço de distribuição será realizado. Segundo a empresa, o atendimento nas agências também permanece.
"40% devem manter as atividades"
Nesta quarta-feira (19), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) estipulou que 40% dos funcionários devem manter as atividades em cada agência durante a greve da categoria. Caso a determinação não seja cumprida, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) será multada em R$ 50 mil por dia.
De acordo com a Fentect, cerca de 84% dos funcionários aderiram à paralisação, o equivalente a 117 mil dos 120 mil empregados do País. Segundo os Correios, apenas 9% dos trabalhadores aderiram. Dos 35 sindicatos filiados à federação, 25 estão parados. Com a decisão do TST, devem trabalhar, no mínimo, 48 mil funcionários.
Fonte: DN