terça-feira, 22 de maio de 2012

Governo zera IPI para carro 1.0 e reduz outras taxas

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Entre as medidas anunciadas está também a redução do IOF para empréstimos pessoais. Valor do carro novo pode cair até 10%, incluindo desconto que será concedido por montadoras

Diante do risco cada vez maior de o país crescer menos de 3% neste ano, o governo Dilma lançou novas medidas econômicas emergenciais para estimular o crédito para o consumo e os investimentos depois de constatar que as iniciativas já adotadas não foram suficientes para reaquecer a economia.

O setor mais beneficiado foi o automotivo, com ações voltadas para incrementar vendas de carros, ônibus e caminhões. O governo reduziuo IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de automóveis, inclusive importados, até 31 de agosto e cortou taxas de juros de financiamentos de ônibus e caminhões no mesmo período.

Com as medidas, que dependem também de um compromisso acertado com bancos e montadoras para a redução de preços ao consumidor, o governo espera ter uma queda de até 10% nos valores dos carros que serão financiados às pessoas físicas.

O governo também reduziu o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de empréstimos para pessoa física, de 2,5% para 1,5%. A medida, que não tem prazo de vigência, é destinada a estimular o consumo de todo tipo de bem e não apenas de automóveis.

“Todos os principais bancos estavam aqui e celebraram o acordo”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Eu confio na indústria automobilística.”

O custo total das medidas anunciadas hoje é de R$ 2,719 bilhões, incluindo a receita que deixará de ser arrecadada com a redução de impostos e gastos com subsídios do Tesouro para o BNDES.

Mantega disse que, diante do recrudescimento da crise externa, será difícil o país crescer os 4,5% previstos inicialmente pelo governo, “mas o Brasil tem condições de reagir e o crescimento será melhor que o do ano passado”.

Boletim divulgado pelo Banco Central com a média das projeções dos analistas do mercado mostra que a previsão para o crescimento deste ano foi revista de 3,20% para 3,09% na última semana.

Descontos
O governo decidiu liberar também parte do depósito compulsório que os bancos recolhem para o BC, desde que os recursos sejam destinados pelos bancos ao financiamento de automóveis.

As montadoras prometeram dar descontos no preço de tabela cobrado pelos veículos -de 2,5% para carros de mil cilindradas, 1,5% entre mil e duas mil e 1% para utilitários- e fazer promoções. As empresas se comprometeram a evitar demissões.

A equipe econômica anunciou ainda que vai reduzir, de 7,3% para 5,5% ao ano, os juros dos empréstimos do BNDES para a aquisição de máquinas e equipamentos. (das agências)

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O governo Dilma já determinou a queda da taxa de juros básica, pressionou os bancos para o aumento do crédito e agora corta ainda mais impostos, tudo para evitar que o Brasil não cresça e entre em crise financeira.

Números

0% 
será o IPI de carros novos, nacionais, com motor 1.0, até dia 31 de agosto deste ano

10%
percentual de desconto dos carros novos 1.0 com as medidas do governo 

7%
quanto os veículos com motor entre 1.0 e 2.0 devem ficar mais baratos a partir de agora

Saiba mais

Conheça as medidas tomadas pelo governo federal ontem:

O governo zerou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis de até 1.000 cilindradas e arrancou das montadoras um compromisso de reduzir a tabela em 2,5%.

Assim, o preço final dos populares vai cair perto de 10% a partir de hoje. Para os modelos com motor entre 1.0 e 2.0, a expectativa é que o preço final sofra uma redução de 7%.
  
A redução vale até o final de agosto e o governo estima que deixará de arrecadar R$ 1,2 bilhão no período. As montadoras se comprometeram a não demitir durante a vigência do acordo. Para os modelos importados, continua valendo o aumento de 30 pontos porcentuais no IPI.

Também foi fechado um acordo com os bancos, pelo qual eles vão reduzir o valor da entrada e taxa de juros, além de alongar os prazos de pagamento. Em troca, serão liberados recursos que hoje as instituições têm de manter depositados no Banco Central.

Para isso, o Banco Central aprovou circular que libera R$ 18 bilhões em compulsórios bancários sobre recursos a prazo.

O governo decidiu, ainda, reduzir a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos para pessoas físicas de 2,5% para 1,5%. Esse corte não tem prazo para acabar.
Via O Povo Online
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