domingo, 1 de abril de 2012

Dificuldades no ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa

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PUBLICADO EM: COLUNASLITERATURA CEARENSE

GERMAGNA MARIA OLIVEIRA BRAGA (*)
Atualmente muito se tem falado das dificuldades que surgem nas salas de aulas, principalmente, nas de Língua Portuguesa. A grande maioria dos alunos se queixa da metodologia adotada, do ensino que não favorece o interesse dos discentes.
Isto acontece devido à prática está ainda muito ligada a exercícios da gramática normativa, apesar do surgimento de inúmeros teóricos que veem alertando para uma renovação da prática do ensino da nossa língua materna.
A criança, ao ingressar a sua vida estudantil, se depara com uma alfabetização voltada para assuntos distantes da sua realidade, tanto local quanto de sua própria visão de mundo.
Dessa forma, a professora que tem como função facilitar a aprendizagem para o aluno acaba dificultando, pois a sua língua materna passa a ser interpretada como uma língua estranha aos seus ouvidos. Ela é introduzida a partir de várias regras gramaticais e, mais tarde, é desenvolvida uma aprendizagem mecânica da escrita alfabética e por último uma leitura automática de decodificação.
Realiza-se tudo isso, apesar de ter conhecimento que cada criança já chega ao recinto escolar falando fluentemente a língua portuguesa, ela já traz consigo uma gramática internalizada e que deseja somente desenvolver, aprofundar mais seus estudos.
Com base nesses fatos, evidencia-se que nas nossas escolas o ensino da língua portuguesa tem como principal objetivo de estudo o uso da gramática tradicional (normativa), e isso vai ocorrer durante todo o percurso estudantil, gerando um desconforto nos alunos em relação à aula de língua portuguesa.
Várias dessas dificuldades surgem do fato de que os procedimentos de ensino da língua, utilizados ainda hoje, apresentam resultados nada satisfatórios. Muitos professores usam da repetição de estruturas e excessivamente da memorização de formas e regras nas suas aulas, deixando de trabalhar a criatividade e a expressão.
Para se obter este objetivo, deve se dá mais atenção a intepretação de textos, a escrita e a leitura em diversas situações ligadas também ao meio social, a partir da realidade estrutural, psicológica do aluno. Gerando assim, um resultado muito mais satisfatório, porém, a escola persiste no ensino mecânico da nossa língua.
Portanto, é necessário que as escolas compreendam que ensinar uma língua para os indivíduos já falantes da mesma, se desenvolve em torno de conduzi-las a dominar o uso da leitura e escrita. Formando discentes capazes de produzir qualquer tipo de texto tanto escrito quanto oralmente.
Só assim, ela será capaz de transformar estes alunos em leitores assíduos, despertando neles o senso crítico e reflexivo. No entanto, para se ter este resultado é preciso uma prática constante. Só se aprender a ler e escrever bem  exercitando.

(*) Germagna Maria de Oliveira Braga, de Taperuaba, Sobral — aluna do Curso de Letras da UVA.




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