A
Polícia Militar reincorporou 41 e um dos 42 policiais militares que foram considerados desertores pelo
Governo do Ceará, conforme publicação no Diário Oficial do Estado nesta
quarta-feira (4). Os policiais haviam faltado a uma convocação de trabalho
durante o carnaval, conforme a Secretaria da Segurança.
Alguns
deles haviam sido presos e deixaram a detenção na segunda-feira (2). Outros
cumprem um afastamento da função por abandono de posto; nesse caso, eles não
recebem salário durante o período da suspensão, de 120 dias. A PM não informou
o número exato de policiais que cumprem essa punição.
A
deserção ocorreu durante um motim de parte dos policiais no Ceará, que ocorreu
durante 13 dias. A paralisação acabou no domingo (1º) sem que os policiais
tivessem atendida a principal reivindicação da categoria, a anistia pelo motim.
Para o governador Camilo Santana, a paralisação teve motivação política.
"Eu enxergo esse motim no Ceará muito mais político do que salarial. Porque
salário nós já tínhamos feito o acordo", afirmou.
Conforme
a Polícia Militar, "a reinclusão ao serviço ativo é quando o policial
militar que foi excluído dos quadros da Corporação volta a ser militar".
Os desertores que não cumpre o afastamento, "caso estejam julgados aptos,
deverão ser designados para o serviço, devendo cada caso ser analisado
individualmente".
Os
policiais que haviam sido afastados e foram reincorporados na PM começam a
cumprir, nesta quinta-feira (5), a suspensão de até 120 dias; nesse período,
eles ficam sem salário. Cada um deles vai responder a um processo
administrativo pela deserção, o que pode resultar no fim da suspensão antes do
período previsto inicialmente – de quatro meses – ou punições mais graves, como
a demissão.
Dos
42 policiais que haviam sido excluídos, um soldado foi o único que não se
reapresentou. Conforme a Polícia Militar, o soldado pode se reapresentar e
responder a um processo administrativo por deserção. Caso haja o retorno, a PM
vai analisar se ele está apto a atuar nas ruas novamente.
O
soldado "ainda não se apresentou voluntariamente e nem foi
capturado". Ele ainda é considerado desertor e está excluído do serviço
ativo da PM, conforme a corporação.
O
texto publicado no Diário Oficial acrescenta que os militares em questão
"foram capturados ou se apresentaram voluntariamente". Em nota, a
Polícia Militar ressaltou que nos casos de deserção "há reinclusão
imediata aos quadros para que os referidos policiais possam responder ao
processo dentro da Corporação".
G1 CEARÁ