quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Apesar do volume baixo, chuva alaga vias e inunda casas na Capital

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Das 7h da terça-feira (7) às 7h de ontem (8), a maior precipitação em Fortaleza foi registrada no bairro Pici, com 15,8 milímetros, segundo a Funceme. Os transtornos no trânsito, porém, começaram no fim da manhã

A quadra invernosa ainda não começou oficialmente no Ceará, mas os efeitos das precipitações já se fazem notar. Nessa quarta-feira (8), Fortaleza não chegou a ser incluída entre as 10 maiores chuvas do Estado, conforme os dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), porém, as águas causaram transtornos à população, no trânsito e em residências.

Das 7h da terça-feira (7) às 7h de ontem (8), a maior precipitação na Capital cearense foi registrada no posto do bairro Pici, com 15,8 milímetros, segundo a Funceme. Os municípios que tiveram as maiores chuvas, até as 15h30 da quarta-feira (8), foram Morada Nova - a principal, com 75 milímetros -, Milagres, Ibiapina, Crato, Aracati, Brejo Santo, Palhano, Milagres, Aurora e Groaíras, todos do interior.

Na Rua Paulino Rocha, em Fortaleza, um trecho da via ficou congestionado por volta do meio-dia, devido a um alagamento na altura do bairro Cajazeiras. A água tomava grande parte da pista, forçando os veículos a desacelerarem para tentar atravessar as poças, formando um engarrafamento.

A supervisora educacional Ana Carmem de Farias, 56, foi surpreendida pelo trecho alagado enquanto tentava chegar em casa, a dois quarteirões da Rua Paulino Rocha. Ao dobrar em uma esquina próxima à via, seu carro foi cercado pela água, que encheu o veículo rapidamente.

"Aconteceu tudo muito rápido, foi questão de minutos. A água foi entrando, ia chegando no meu pescoço, e eu com medo de não conseguir abrir a porta pra sair", revela. Ana Carmem estava acompanhada da pedagoga Rosilene Gomes, 49, e ambas conseguiram deixar o veículo a tempo. O carro começou a boiar no ponto alagado, e funcionários de uma oficina próxima ajudaram a conduzi-lo até um ponto seguro para aguardar a chegada do reboque.

Desespero
"Dá uma sensação de desespero. Você pensa que vai se afogar", conta Rosilene. As colegas de trabalho perderam um dia de serviço, além de treinamentos na escola onde atuam. Ana Carmem não sabe se conseguirá restaurar o carro, que possui há sete anos. "Eu me mudei pra esse bairro há dois meses, não sabia que acontecia isso aqui", lamenta.

Em outro ponto da cidade, além das ruas, a água também invadiu casas, como a residência de Leila de Oliveira, 46. A dona de casa é moradora do bairro Barroso há 22 anos, e afirma que o problema é histórico. "Sempre foi assim. O canal aqui em frente transborda, e a água entra. Já vimos começarem obras aqui perto, mas nunca chega aqui. Ninguém faz nada", reclama.

Leila divide a casa com o marido e quatro filhos, e a chuva já custou à família dois guarda-roupas, uma geladeira, um fogão e alguns colchões, em anos anteriores. "Tudo se perde, estraga, não tem como salvar, onde guardar. O que a gente tem aqui é tudo de doação", diz. O canal citado pela dona de casa é o Taís Maria, que segundo a Secretaria Regional VI recebeu duas ações de limpeza no ano passado. Um novo trabalho está previsto para este mês, segundo a pasta.

Para hoje (9) e sexta-feira (10), a Funceme prevê nebulosidade variável com eventos de chuva em todas as regiões. 
Diario do nordeste 


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