Agora,
a operação Caça
Fantasmas, um desdobramento da Lava Jato, descobriu dois acionistas da TV
Verdes Mares, afiliada da Globo no Ceará, como clientes do banco clandestino
FPB, que servia à Mossack & Fonseca.
O FPB era utilizado pela Mossack para obter
clientes no Brasil.
Na página 21 do
relatório (ver abaixo) da Polícia Federal aparece a Adlon International
Foundation. Na página 22 surge a Formula VIII Holdings Corporation.
As duas entidades fazem parte de uma lista de
44 empresas:
São 44 (quarenta e quatro) empresas offshore “negociadas” pelo FPB BANK
em território nacional (todavia não se sabe exatamente quais estão abertas), o
que não deixa dúvida acerca da atuação ilegal da instituição financeira no
Brasil. À partir dessa etapa da investigação, considerando a grande quantidade
de empresas offshore vinculadas ao FPB BANK e seus representantes brasileiros,
bem como as respectivas datas de registro, surgem indícios de que a instituição
financeira ilegal (i) atuaria como intermediário na constituição e registro de
offshore para seus clientes, oportunidade em que também figuraria como
responsável/contato pela empresa, com o propósito de auxiliar a ocultação dos
verdadeiros sócios; e (ii) constituiria a denominada offshore de gaveta, que
seria vendida posteriormente ou simplesmente utilizada em determinadas
transações comerciais e/ou financeiras.
O cruzamento dos
dados obtidos pela Caça Fantasmas com os Panama
Papers revela que a Adlon
está em nome de Manoela Valença Queiroz Bacelar Paiva e a Formula VIII em
nome de Otavio Valença Queiroz.
Ambos são acionistas da TV Verdes Mares,
afiliada da TV Globo no Ceará, pertencente ao Grupo Edson Queiroz.
Curiosamente, os
papéis da Caça
Fantasmas não mencionam a
Vaincre LLC, a Juste International ou a A Plus Holdings, embora a lista
manuscrita apreendida na sede da Mossack na avenida Paulista relacione o FPB
Bank às empresas e a Paula Marinho.
Veja a matéria na integra clicando AQUI.
Fonte: Blog Viomundo.