Acordo de
leniência permitiria que duas das maiores empreiteiras do país colaborassem com
investigação em troca de redução de penas.
Representantes de duas empreiteiras que têm contratos com o
governo, e que estão entre as sete maiores do país, negociam com o Ministério
Público Federal (MPF) acordo para detalhar sua participação em desvios de
dinheiro da Petrobras, informa neste sábado o jornal O Globo. Em troca da
colaboração, as empresas querem a redução de penas nos processos criminais.
Os representantes
das empreiteiras propuseram um acordo de leniência, espécie de delação premiada
para empresas acusadas de crimes. Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras,
e ex-funcionários do doleiro Alberto Youssef já colaboram com as investigações,
a fim de reduzirem suas penas ou ganharem imunidade.
Segundo o jornal, uma das autoridades
responsáveis pelas investigações confirmou a possibilidade do um
acordo de leniência, mas ressalvou que as exigências para isso são
grandes. Os representantes das empreiteiras precisam confessar os crimes
cometidos, detalhar o esquema de desvio de dinheiro, pagar multas proporcionais
aos danos aos cofres públicos e se comprometer a não cometer novos
delitos.
Recentemente, um acordo semelhante assinado
pela empresa alemã Siemens trouxe à tona detalhes sobre a formação de cartel
que tinha objetivo de superfaturar contratos das linhas de trens e metrô de São
Paulo. Trinta executivos de 12 empresas foram denunciados à Justiça em março
deste ano.
Fonte: Veja.