Bezerra
pontua que, independentemente de uma flexibilização ou não do Governo, grande
parte dos empreendimentos associados à ABIH está planejando o retorno. "Uma
minoria deve voltar um pouco antes, em 1º de junho. Por enquanto, só temos
quatro hotéis abertos - um que está recebendo profissionais da saúde, um flat
que tem moradores fixos e, agora no feriado, tivemos a reabertura do Dom Pedro
Laguna, e um outro que resolveu permanecer aberto".
O
hotel citado reabriu no dia 1º de maio garantindo seguir todos os procedimentos
de segurança e higienização. A vice-presidente da ABIH ressalta que a
administração da rede tomou a decisão de reabertura em âmbito mundial.
Segundo
ela, os esforços estão concentrados em passar uma imagem de segurança para os
hóspedes, incorporando e reforçando medidas que diminuam as chances de contágio
no local. "Acreditamos que em junho já seja liberado algum tipo de
convivência nas áreas comuns. Mas não vamos voltar totalmente e vamos nos
adaptar", ressalta.
Ela
aponta que estão pensando em uma forma diferente para o café da manhã, que
normalmente é servido em buffet e pode não passar muita segurança.
"Queremos que os clientes se sintam seguros, mesmo que tenhamos aumento de
custos, para que eles voltem", assegura Ivana.
Expectativa de
ocupação
Apesar
das datas definidas para o retorno, ela admite que a expectativa para a
ocupação é baixa. "Nossa perspectiva é de começar com uma ocupação nem
mesmo razoável. Férias não vamos ter, porque muita gente tirou agora e está sem
dinheiro também", lamenta.
Para
o segundo semestre, a projeção é de resultados um pouco melhores por conta do
turismo corporativo. Segundo Ivana, que também é presidente do Visite Ceará,
cerca de 100 eventos pequenos, médios e grandes programados para a segunda
metade do ano ainda não foram desmarcados. Somente no Centro de Eventos do
Ceará, o calendário mostra 38 eventos confirmados, até o momento, entre julho e
dezembro.
"No
segundo semestre vamos conseguir engatinhar um pouco por conta do segmento
corporativo. O turismo de lazer deve demorar um pouco mais para retornar. A
grande maioria das pessoas nem pensa em viajar a passeio, até mesmo por medo e
insegurança em relação à saúde", explica.
Venda do Réveillon
A
vice-presidente da ABIH no Ceará ainda pontua que os hotéis já estão se
movimentando para vender o Réveillon 2020. "É quando a hotelaria de
Fortaleza chega próximo aos 100% de ocupação. Estamos tentando vender, mas
ainda é uma interrogação como estará o comportamento do turismo em
janeiro", acrescenta.
Diário
do Nordeste