Apoiadores
do presidente Jair Bolsonaro agrediram com chutes, murros e empurrões a equipe
de profissionais do jornal "O Estado de S. Paulo" que acompanha uma
manifestação pró-governo realizada neste domingo (3) em Brasília. O fotógrafo
Dida Sampaio registrava imagens do presidente em frente à rampa do Palácio do
Planalto, na Esplanada dos Ministérios, numa área restrita para a imprensa
quando foi agredido.
Sampaio
usava uma pequena escada para fazer o registro das imagens quando foi empurrado
duas vezes por manifestantes, que desferiram chutes e murros nele. O motorista
do jornal, Marcos Pereira, que apoiava a equipe de reportagem também foi
agredido fisicamente com uma rasteira. Os manifestantes gritavam palavra de
ordem como "fora Estadão".
Os
dois profissionais precisaram deixar o local rapidamente para uma área segura e
procuraram o apoio da polícia militar. Eles deixaram o local escoltados pela
PM. Os profissionais passam bem. Os repórteres Júlia Lindner e André Borges,
que também acompanham a manifestação para o jornal, foram insultados, mas sem
agressões.
Milhares
de pessoas se reúnem na Esplanada dos Ministérios convocadas num ato estimulado
pelo presidente. A ação ocorre após o ex-ministro Sérgio Moro prestar
depoimento no inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar
denúncia feita por ele de que o presidente Bolsonaro utilizou o cargo para
tentar ter acesso a investigações sigilosas da Polícia Federal.
Bolsonaro
desrespeitou todas as normas de saúde pública ao participar da manifestação.
Sem máscara, desceu a rampa do Planalto e deu uma volta em todo alambrado. O
desrespeito às medidas de segurança por causa do novo coronavírus é
generalizado entre os apoiadores do presidente. Assim como o presidente, grande
parte da população não usa máscara.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA