Larissa
Azevedo leciona Espanhol na Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI)
Visconde do Rio Branco, onde também é Professora Diretora de Turma, e na EEMTI
Johnson, ambas situadas na área da Superintendência das Escolas Estaduais de
Fortaleza (Sefor) 2. Ela considera que o uso das plataformas tem sido muito
satisfatório.
“Fiz
vídeos tutoriais ensinando os alunos desde o momento de baixar o aplicativo
Google Classroom até entrar na sala, acessar e enviar as atividades. Também fiz
vídeos para os professores ensinando como postar o material para os alunos e,
depois, como acessar as tarefas respondidas, corrigi-las e devolvê-las. Como eu
já conhecia a plataforma, pra mim foi tranquilo”, avalia.
Com
a ajuda de outros Professores Diretores de Turma, explica Larissa, foram
criadas as salas e organizadas as disciplinas. Na sequência, iniciou-se a fase
de adaptação. “Hoje os alunos já estão bem adaptados ao Classroom. Começamos a
utilizar também outras ferramentas para aulas ao vivo. No início, para ganhar
adesão dos meninos e trazê-los para esse meio, optamos pelas plataformas que eles
já usam: Youtube e Instagram. No momento, estamos com processo de migração para
o Google Meet, pois percebemos que nos aproxima mais ainda, já que o aluno tem
a oportunidade de falar pelo microfone ou chat, além de ver os colegas e o
professor”, esclarece.
O
retorno tem sido muito satisfatório, na avaliação de Larissa. Semanalmente, são
feitas reuniões com o grupo gestor da escola, para o acompanhamento dos alunos
em relação à adesão às plataformas, frequência nas lives e entrega de tarefas.
“Fizemos uma atividade avaliativa pelo Google Forms, outra ferramenta que
aprendi a usar e que depois ensinei aos demais professores e alunos, com
objetivo de observar se realmente os meninos estão aprendendo o que está sendo
ensinado”, aponta.
“Nada
se compara às aulas presenciais, mas como infelizmente no momento não podemos,
temos que abraçar essas ferramentas e buscar nos aprimorar para levar o
conhecimento aos nossos alunos da melhor maneira possível”, conclui Larissa.
Adaptação
Na
localidade de Taperuaba, distrito de Sobral, área da Coordenadoria Regional de
Desenvolvimento da Educação (Crede) 6, o professor Wilson Rodrigues, que ensina
as disciplinas de Química e Matemática na Escola de Ensino Médio (EEM) Deputado
Cesário Barreto Lima, também relata bons resultados com o uso das plataformas
online.
Em
meados de março, ele conta, a escola já estava se encaminhando para o
encerramento do primeiro bimestre, com as atividades de revisão e avaliação dos
alunos. “Foi quando ocorreu a suspensão das aulas presenciais. Já neste
período, eu comecei a utilizar o Google Forms, plataforma que permite criar
atividades e questionários online com itens, e enviá-los para os alunos por
meio de um link. Abordamos os assuntos que já tinham sido trabalhados”, lembra.
Quando
as diretrizes da Seduc foram lançadas, com a disponibilização de outras
ferramentas, Wilson passou a utilizar o Hangout e o Meet, seguindo um
cronograma semanal de aulas. “Informo no grupo de Whatsapp da turma alguns dias
antes, para que eles possam se programar. No dia da aula, reforço o aviso e
envio o link de acesso. Temos algumas regras como, por exemplo, manter os
microfones deles desligados, para evitar barulhos externos. Lanço perguntas e
peço a eles que respondam, às vezes direcionando a pergunta a um determinado
aluno, sempre instigando a participação de todos. Deixo alguns minutos antes do
fim da aula para eles interagirem entre si, de forma que mantenham o vínculo,
vendo um ao outro”, considera.
Wilson
também criou um canal no Youtube para postar videoaulas. A intenção é
disponibilizar o conteúdo àqueles que tiveram problema de internet na hora da
aula, além de possibilitar aos demais a revisão do assunto. “Gravo todas as
aulas dadas ao vivo no Meet. E depois de postar os vídeos no Youtube, encaminho
atividades aos alunos por meio do Classroom. Eu recebo as notificações dos que
me mandaram de volta e as corrijo, dando retorno em seguida. Vamos conversando
e tentando melhorar o rendimento geral da turma. Os alunos estão gostando das
aulas e da possibilidade da interação”, destaca.
Na
visão de Wilson, as ferramentas digitais têm muito a contribuir para a melhoria
do processo pedagógico. “Acredito que a pandemia vai passar e as novas
tecnologias vão ficar. Como tenho certa facilidade com essa área, realizei uma
formação com os meus colegas professores, orientando-os sobre como elaborar as
atividades e manusear os programas. Também criei tutoriais aos alunos e
professores para entrar via aplicativo e navegador. Parabenizo a Seduc pela
iniciativa de divulgar essas ações. Estamos trabalhando diariamente para
auxiliar nossos alunos. O ensino público do Ceará permanece sendo de qualidade,
mesmo nas aulas remotas. Tem muita coisa boa sendo feita e a sociedade precisa
saber disso”, conclui.
Com informações da Seduc