Publicado
na revista científica Nature
Communications, os cientistas ressaltam que o anticorpo,
chamado 47D11, funcionou para conter o novo coronavírus em testes de
laboratório in vitro.
Os
pesquisadores avaliaram 51 tipos de anticorpos diferentes se baseando no genoma
do vírus Sars, que é da mesma família do novo coronavírus. O 47D11 é um
anticorpo humano, o que pode acelerar o processo de testes clínicos que podem
dar origem a uma vacina.
“Usando
essa coleção de anticorpos do Sars-CoV, identificamos um anticorpo que
neutraliza a infecção pelo Sars-CoV-2 em células curadas”, escrevem os autores.
Nos
testes, o anticorpo 47D11 foi capaz de bloquear a infecção dos dois vírus em
células humanas. Para isso, ele atacou as espículas de proteína que se prendem
às células humanas e, a partir desse ponto, permite que os vírus se reproduzam
e contaminem milhões de células, causando sintomas como febre, dificuldade para
respirar e tosse.
Os
pesquisadores buscam agora avaliar se o anticorpo pode ser usado para a criação
de uma vacina contra o novo coronavírus. No entanto, uma série de testes ainda
é necessária para descobrir se o 47D11 pode se comportar no corpo humano da
mesma forma que se comportou em laboratório e se ele não oferece risco à saúde.
Mundialmente,
cerca de 100 vacinas e 200 medicamentos estão sendo desenvolvidos e testados
por pesquisadores e empresas do ramo farmacêutico. A Universidade de Oxford, no
Reino Unido, por exemplo, estima que criará a primeira vacina eficaz contra o
novo coronavírus em setembro deste ano. No entanto, como esse é um processo que
leva normalmente dez anos, qualquer previsão inferior a um ano desde a
descoberta da covid-19 é considerada otimista por especialistas.
Exame
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