A
imunidade do organismo humano ao novo coronavírus pode
durar apenas seis meses, caso esta nova versão do vírus tenha comportamento
semelhante às outras variantes, causadoras de resfriados comuns. É o que revela
um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Amsterdã, na Holanda.
Na
pesquisa, foram analisados os registros médicos de 10 homens, nos últimos 35
anos, para determinar os níveis de anticorpos nos organismos deles para
qualquer um dos outros quatro tipos de coronavírus sazonais humanos
identificados até o momento. Os participantes, com idades entre 27 e 40 anos,
foram testados em intervalos de três a seis meses.
De
acordo com os autores do estudo, os resultados revelaram uma “duração
alarmantemente curta da imunidade contra os coronavírus”. Além disso, também
mostraram reinfecções frequentes 12 meses após a doença inicial e uma redução
importante nos níveis de anticorpos seis meses depois da primeira infecção.
Ainda
conforme os pesquisadores, as quatro linhagens de coronavírus humanos têm pouco
em comum, mas todas parecem induzir uma imunidade de curta duração, com uma
rápida diminuição do número de anticorpos. Eles acreditam que tal
característica seja comum a todas as variantes: “Se o Sars-CoV-2 se comportar
como um coronavírus sazonal no futuro, um padrão semelhante pode ser esperado”,
concluíram.
Passaportes de
imunidade
A
ideia dos passaportes de imunidade, apresentada por vários governos nas últimas
semanas, permitindo o relaxamento das medidas de distanciamento social para as
pessoas com imunidade ao novo coronavírus, foi bastante criticada pelos autores
do estudo.
“Como
a imunidade protetora pode ser perdida seis meses após a infecção, a
perspectiva de atingir a imunidade funcional do rebanho por infecção natural
parece muito improvável”, alertaram.
É
importante ressaltar que o estudo possui algumas limitações, sendo necessárias
novas pesquisas, mais aprofundadas, para confirmar as descobertas a respeito do
causador da covid-19.
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