Zambelli
propôs antecipar o depoimento, mas a data foi mantida. Em nota, a deputada
afirmou que “prestará todas as informações necessárias” e que “não tem nada a
esconder”.
“Está
claro para todos que minha intenção sempre foi buscar a pacificação de qualquer
conflito e que, em momento algum, tentei oferecer um cargo ao ex-ministro, até
porque não tenho qualquer prerrogativa para fazê-lo”, afirmou.
Carla
Zambelli irá depor acompanhada dos advogados Rodolfo Maderic e Huendel Rolim. A
deputada foi listada para depôr após Moro revelar mensagens trocadas com a
parlamentar que indicariam a pressão de Bolsonaro para a substituição de
Maurício Valeixo pelo diretor da Abin, Alexandre Ramagem, do comando da Polícia
Federal.
Em
uma das conversas entregues à PF, Zambelli pede que Moro aceite a mudança na
direção-geral da PF solicitada por Bolsonaro e, em troca, ela se comprometeria
“a ajudar” o ex-ministro com uma vaga no Supremo Tribunal Federal. “Vá em
setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB (Jair Bolsonaro)
prometer”, escreveu a deputada.
Moro
respondeu que não estava “à venda”.
Alexandre
Ramagem foi o nome indicado por Bolsonaro para o comando da PF. A nomeação,
contudo, foi suspensa por liminar do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e
anulada pelo Planalto. Em seu lugar, o governo escolheu Rolando Alexandre de
Souza, braço direito de Ramagem na Abin.
Exame
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